Dr. Wilson Barbosa Martins – Foto: Giuliano Lopes/Cortesia
Advogado, político, escritor, imortal da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL). Com mais de nove décadas de vida, e muitas histórias para contar, Wilson Barbosa Martins, o primeiro governador de Mato Grosso do Sul eleito pelo voto direto, passou a ocupar na ASL a cadeira que foi de sua esposa, a escritora Nelly Martins.
O ingresso para a Casa de Letras ocorreu após Wilson lançar no primeiro semestre deste ano o livro “Memória: Janela da História”, obra de 300 páginas que reúne estórias de sua família, do Estado e um pouco de política, principalmente da época em que o estado de Mato Grosso era unificado. Nessa breve entrevista, o ex-governador fala sobre a sensação de estar entre os imortais da ASL e do bom momento pelo qual a literatura regional vem passando.
Campo Grande Notícias – Como o senhor avalia seu ingresso na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, onde passa a ser o titular da cadeira que foi ocupada por sua esposa, dona Nelly Martins?
Wilson – Me sinto extremamente emocionado com a recepção que tive na Academia. Nesse sentido, percebo mais uma vez a demonstração do grande apreço que o povo de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul tem por mim.
Campo Grande Notícias – O senhor acredita que há uma valorização da literatura regional pela população de Mato Grosso do Sul?
Wilson – Sim, acredito que existe essa valorização. Eu creio que nesse momento está havendo um “surto” de boas publicações, que abordam sobre a nossa história, e acho que esse é um momento muito interessante para nós.
Campo Grande Notícias – Há pouco tempo, o senhor lançou o livro “Memória: Janela para a História”. O que pode comentar a respeito desse trabalho?
Wilson – Publiquei esse livro em maio, com tiragem de 1.500 exemplares. A primeira edição já está quase se esgotando. Por isso acho que houve uma boa aceitação por parte do público, o que me alegrou muito.
Campo Grande Notícias – Qual conselho o senhor daria para quem pretende trilhar por esse caminho, o da literatura?
Wilson – Que leia boas obras. A leitura é que faz os literários.
