10 dicas para cuidar e organizar suas finanças pessoais

Especialista explica que tornar o cuidado com as finanças um hábito irá facilitar o controle do orçamento

O ano que chega vem com muitas incertezas em relação à economia brasileira. Nos últimos dois anos, a maioria da população teve suas finanças pessoais afetadas pela pandemia por diversos fatores, entre eles seja perda ou diminuição de renda, gastos que aumentaram e dívidas que começaram a se acumular.

Foto: Divulgação

Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o número de endividados passa de 59,4 milhões de pessoas. Por este motivo, é importante organizar as finanças e se preparar para imprevistos.

Segundo Matheus Assy, CRO e cofundador da Pilla, fintech que trabalha em conjunto com o time de recursos humanos das empresas para melhorar a vida financeira dos colaboradores, o final de ano é uma oportunidade de refletir sobre o orçamento e traçar um planejamento para transformar o dinheiro em um catalisador de sonhos.

“A maioria da população não aprendeu sobre educação financeira e acha que é preciso juntar muito dinheiro para começar a se planejar. Porém é exatamente quando o dinheiro está curto que o planejamento e a organização se mostram mais necessários”, explica Assy.

O especialista lista abaixo 10 dicas para organizar o orçamento e melhorar a relação com o dinheiro no próximo ano:

  • Faça uma avaliação financeira

O primeiro passo para traçar qualquer tipo de planejamento é identificar a situação atual e definir o objetivo que queremos alcançar. Com as finanças não é diferente. Por isso, a primeira coisa a se fazer é encarar a realidade e avaliar como andam as suas finanças.

  • Anote todas as suas dívidas, classifique-as e veja quais dívidas podem ser substituídas ou quitadas

Se você possui contas em atraso é preciso anotar todas as dívidas classificando-as pelos juros cobrados. Geralmente o cartão de crédito e o cheque especial cobram altas taxas pelos débitos em atraso. Se esse for seu caso, o seu objetivo será quitar primeiro as dívidas que cobram mais juros.

A partir dessa análise das dívidas será possível avaliar se é benéfico trocar uma dívida com uma alta de juros por uma que ofereça uma melhor condição, como um empréstimo consignado. Pagar menos juros pode te ajudar a eliminar a dívida mais rapidamente, mas somente se você usar o dinheiro como pretendido e seguir com seu plano de quitar as dívidas. Com a chegada do final do ano muitos brasileiros conseguem uma renda extra com trabalho temporário ou recebem o décimo terceiro, esse também é um ótimo momento para avaliar se existem dívidas que podem ser quitadas.

  • Anote todos seus ganhos e gastos

Muitas vezes chegamos ao final do mês e não sabemos de que forma gastamos o nosso dinheiro. Por isso, é importante criar o hábito de anotar todos os ganhos e gastos. Essa rotina vai te ajudar a identificar como você está gastando e nos leva até o próximo ponto.

  • Comece a cortar gastos

Depois de identificar quais são seus hábitos de consumo e como você tem gastado o seu dinheiro, será possível identificar quais gastos são essenciais e quais não. A partir disso é possível cortar gastos que não são tão necessários, como diminuir o número de vezes na semana que você pede um delivery, se for necessário.

  • Trace um planejamento

Para quitar as dívidas é necessário poupar dinheiro e você só saberá o quanto precisa poupar por mês se criar um planejamento. Pense como você quer ver suas finanças daqui três, seis e nove meses e trace metas realistas que você irá conseguir cumprir ao longo do ano.

  • Faça um acompanhamento contínuo

Para muitas pessoas o mais difícil em relação às finanças é manter o planejamento, por isso, é necessário sempre acompanhar seu orçamento e se você está conseguindo atingir suas metas. Caso perceba que a sua realidade está muito diferente do seu plano, reveja o planejamento e diminua as metas, o importante é ter constância para diminuir as dívidas e disciplina para não acumular novas pendências. É importante transformar o controle financeiro em parte da rotina.

  • Crie uma reserva de emergência

Imprevistos podem acontecer na vida de qualquer pessoa e a reserva de emergência é um fundo exatamente para essas situações. Por exemplo, caso ocorra uma infiltração na sua casa será necessário fazer o reparo rápido para não piorar a situação. Sem uma reserva de emergência você pode entrar em uma dívida, que irá gerar um gasto muito maior no futuro. O ideal é que a reserva de emergência seja suficiente para suprir os gastos durante seis meses e que seja aplicada em um fundo de liquidez diária, ou seja, em um produto financeiro em que é possível retirar o dinheiro no mesmo dia que solicitado o resgate.

  • Pesquisa antes de comprar e evite compras por impulso

As compras por impulso podem atrapalhar o planejamento financeiro. Para evitar esse comportamento é importante pesquisar antes de comprar, avaliar se o preço está bom e refletir se aquele item é realmente necessário.

  • Comece a investir ou diversificar sua carteira

Se você já conseguiu quitar suas dívidas e montar sua reserva de emergência, é o momento para começar a investir. E se você já investe é importante também começar a diversificar a carteira. Para quem está começando o assunto pode parecer complicado, mas existe muito material na internet sobre o assunto e pensando principalmente no longo prazo será muito importante investir.

  • Estabeleça metas e prazos

Ao traçar o planejamento é importante pensar quais são suas metas e prazos para atingi-las. Grandes sonhos como comprar uma casa ou fazer uma viagem internacional pode parecer um plano distante, mas se você se organizar e estipular um prazo real é possível alcançar. Essas metas devem ser traçadas e revisitadas ao longo do tempo.

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