Um ataque a um templo Sikh em Cabul, capital do Afeganistão, causou a morte de pelo menos duas pessoas e deixou outras sete feridas, segundo informações das autoridades locais. Ainda não há informações sobre as motivações para o ataque, que ainda não foi reivindicado por nenhuma organização.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o ataque aconteceu por volta das 06h35min (horário de Brasília) deste sábado (18) em uma região bastante movimentada.
O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Abdul Nafi Takor, disse que o ataque teve início quando homens armados entraram no templo religioso, matando um guarda e lançando uma granada.
Equipes da polícia local e membros do Talibã foram acionadas e rapidamente chegaram ao local. Dois suspeitos armados foram alvejados e morreram antes de serem socorridos.
Em seguida, um carro-bomba que foi estacionado nas proximidades do templo explodiu, destruindo a fachada do prédio. Houve correria e muitas pessoas ficaram feridas, após serem pisoteadas.
Testemunhas disseram que houve uma intensa troca de tiros entre os talibãs e os suspeitos, antes da chegada da maioria dos devotos que vão ao templo Sikh rezar.
A explosão provocou um incêndio no prédio, mas o mesmo foi controlado e apagado.
O Afeganistão é um país quase que inteiramente mulçumano, onde vivem cerca de 200 cidadãos sikhs. Na década de 1970, havia cerca de 500 sikhs no país.
Nos últimos anos, a comunidade sikh no Afeganistão tem sido alvo frequente de ataques e atentados, tendo o mais letal deles ocorrido em março de 2020, quando jihadistas do Estado Islâmico invadiu um templo em Cabul, e matou cerca de 25 pessoas.
O sikhismo (siquismo) é uma religião monoteísta fundada pelo Guru Nanak (1469-1539), no fim do século 15, na Região do Punjab, localizada entre a índia e o Paquistão.
Essa religião não é aceita pelo Estado Islâmico e Al Qaeda e tem sido constantemente atacada pelos jihadistas.
Com informações das Agências France Presse e Reuters