Novos atentados a bomba ocorridos na manhã desta sexta-feira (06) em diversas cidades do Afeganistão, causaram a morte de pelo menos uma pessoa e deixaram outras 15 feridas. O grupo Talibã reivindicou a autoria dos ataques.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os novos atentados ocorrem no momento em que os Estados Unidos (EUA) retiram suas tropas do país.
Uma bomba foi lançada contra a casa do ministro da Defesa do Afeganistão, em Cabul, matando oito pessoas – Foto: Wakil Kohsar/AFP
Os ataques de hoje ocorreram nas cidades de Zaranj, capital da província de Nimroz, na fronteira com o Irã; em Sheberghan, capital da província de Jowzjan, no Norte do país; e em Lashkar Gah, capital da província de Helmand, no Sul do país. O número total de vítimas (mortos e feridos) ainda não foi divulgado.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia se mostraram preocupadas com o aumento da violência no Afeganistão e temem a ocorrência de guerras civis na região.
O Grupo Fundamentalista Talibã está realizando incursões em áreas próximas a capital Cabul, na tentativa de desestabilizar o governo central e tomar o poder.
A capital da Província de Nimroz, Zaranj, já se encontra em poder dos fundamentalistas do Talibã. Eles já controlam as sedes do governo local, da polícia e da prisão.
Um porta-voz da polícia local disse que as autoridades afegãs não enviaram reforços para manter o controle da cidade. Policiais e algumas autoridades locais fugiram da região invadida.
O porta-voz do Talibã, que pediu para não ser identificado, disse que a cidade de Zaran possui importância estratégica, por estar nas proximidades da fronteira com o Irã.
Na capital do país, cabul, o chefe de Mídia e Informação do Governo Central, Dawa Khan Menepal, foi assassinato a tiros quando fazia suas orações de sexta-feira, a tradicional Jumu’ah, ritual islâmico.
O Talibã já prometeu assassinar todos os funcionários que prestam serviço ao governo central. A decisão seria uma represália contra os bombardeios aéreos feitos pelo Exército Afegão em área onde se encontram os insurgentes talibãs.
O governo do presidente Ashraf Ghani, eleito ‘democraticamente’, tem o apoio dos Estados Unidos (EUA) e da União Europeia, mas não possui consenso entre os demais países árabes.
Neste momento chega à redação do Campo Grande Notícias, a informação de que 10 soldados afegãos e um comandante de uma milícia aliada foram mortos em uma emboscada na província de Jowzjan, no Norte do país, durante o cerco a capital Sheberghan.
Em Lashkar Gah, capital da província de Helmand, no Sul do país, prédios públicos e lojas estão sendo saqueadas e incendiadas por insurgentes do Talibã. A população civil está fugindo desesperada, sem levar nem os seus pertences.
Uma nova Guerra Civil pode estar começando no Afeganistão, podendo colocar em risco a estabilidade política em toda a região.
Com informações das Agências France Presse e Reuters
