Um confronto entre a polícia e criminosos deixou pelo menos 26 mortos em Caracas, capital da Venezuela, na tarde deste sábado (10), segundo informações das autoridades locais.
Os ataques de criminosos e gangues armadas tiveram início na quarta-feira (07) e foi violentamente revidado pela força policial, que usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borrachas e verdadeiras.
Muitos moradores tiveram que deixar suas casas e pertences e alguns imóveis foram incendiados. Ainda não foi divulgado o número oficial de desabrigados.
A ministra do Interior da Venezuela, Carmen Meléndez, disse a TV estatal venezuelana, que 22 criminosos foram mortos e que 12 já foram identificados.
“Foram neutralizados 22 criminosos, dos quais 12 já foram identificados”, disse Carmen Meléndez.
Na ação também foram mortos três policiais e um sargento da Guarda Nacional. Os corpos dos agentes devem ser sepultados hoje com honras militares.
Até o momento 28 pessoas ficaram feridas, sendo 18 civis. Todas as vítimas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da cidade.
Ao todo, participam da ação policial 2.500 agentes, que tem como objetivo tomar o controle de Cota 905, uma comunidade carente aonde opera uma gangue violenta liderada por um homem conhecido como ‘Koki’.
O Governo da Venezuela oferece uma recompensa de US$ 500 mil por informações que possam permitir a captura dele, cujo paradeiro é desconhecido.
Nos confrontos foram utilizados pelos criminosos armas de grosso calibre, granadas, projéteis traçadoras, drones. Algumas armas e equipamentos foram apreendidos.
Segundo informações de uma fonte policial venezuelana, que preferiu não se identificar, já foram apreendidas 24 mil munições de diversos calibres, três lança-granadas, cinco fuzis, quatro submetralhadoras, seis pistolas, um revólver e um drone.
O criminoso ‘Koki’ e outros líderes das gangues continuam foragidos e os lugares aonde estavam escondidos foram deliberadamente destruídos por eles para dificultar o rastreamento.
As autoridades venezuelanas acreditam que essas gangues tenham o apoio de opositores ao regime de Nicolás Maduro, como Estados Unidos, Colômbia e Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente da Venezuela, e que chegou a ser reconhecido pela Comunidade Internacional.
Com informações das Agências AFP e Reuters