Tempo seco e quente: a combinação favorita das queimadas

Parque das Nações Indígenas em Campo Grande (MS) – Foto: Álvaro Barbosa

A região Nordeste e os Biomas da Caatinga e do Cerrado já superaram, e muito, o número de focos de queimadas com relação ao ano passado (de 1 de janeiro a 26 de maio).

Como é normal nesta época do ano, as frentes frias e as áreas de instabilidade não conseguem avançar pelo interior do Brasil e com isso o ar seco vai ganhando cada vez mais intensidade. Já são mais de 50 dias sem chuva significativa na maior parte do país. Algumas cidades do interior de Minas Gerais já registram mais de 70 dias sem chuva.

Mapa de estiagem – 26/05/2021

Risco de queimadas

Com a falta de chuva, as temperaturas acabam subindo bastante, o que favorece ainda mais o surgimento dos focos de queimadas nesta época do ano.

Segundo dados do monitoramento de queimadas do INPE, a região que mais registrou aumento na quantidade de incêndios foi o Nordeste, com 82% em relação ao período de 1 de janeiro a 26 de maio do ano passado (2020).

Com relação aos biomas brasileiros, a Caatinga teve o maior aumento significativo até o momento, com 159%. Mas outra região que merece atenção é o Cerrado, o bioma já registra aumento de 3% neste período.

Mapa do acumulado de chuva entre 26/05/2021 a 30/05/2021

Para os próximos dias, a tendência é de um cenário muito parecido com os anteriores, temperaturas passando facilmente dos 30ºC, na maior parte do Brasil e baixíssimos valores de umidade relativa do ar, podendo até mesmo ficar abaixo dos 30% nas horas mais quentes do dia.

Mapa de umidade relativa mínima – 27/05/2021

Sendo assim, o alerta continua para grande parte do Nordeste, do Centro-Oeste e parte do Norte do Brasil. No Sudeste o risco para novos focos de queimadas é alto.

Mapa de risco de queimadas – 27/05/2021

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