Óbitos de pessoas na faixa de 60 a 69 anos aumentam mais de 80% em Corumbá

Pessoas que ainda não receberam imunização foram as únicas faixas etárias que registraram crescimento percentual no número de mortes no mês de abril em relação à média no período da pandemia.

O aumento percentual de 86% em abril no número de óbitos por Covid-19 da população na faixa etária entre 60 e 69 anos em Corumbá na comparação com a média para a idade desde o início da pandemia e contabilizado pelos Cartórios de Registro Civil da cidade, aponta que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.

Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades no município, a população mais jovem viu crescer os números absolutos e percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Na cidade, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 60 e 69 anos, com crescimento percentual de 86% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. O crescimento se deu nos números absolutos em relação a março, passando de 9 para 14

Na sequência, a faixa etária que vai dos 20 aos 29 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 83% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 30 e 39 anos, com óbitos aumentando 79% em relação à média desde o começo da pandemia, e passando de 1 em março para 2 em abril.

Ainda em período de vacinação, a população entre 70 e 79 anos registrou aumento de mortes de 36% em relação à média desta idade no período, e um aumento de falecimentos menor em relação às demais idades, passando de 20 em março para 6 em abril. Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 64% na faixa entre 80 e 89 anos, e 100% na população entre 90 e 99 anos.

Ranking Estadual

O Mato Grosso do Sul foi o Estado que registrou o maior aumento percentual no número de óbitos do País na faixa etária entre 30 e 39 anos, com crescimento de 103%, enquanto que no Brasil este aumento foi de 56%. O Estado também esteve à frente dos números nacionais nas faixas etárias de 40 a 49 anos, 94% x 57%, e dos 50 aos 59 anos, com crescimento de 58% enquanto o Brasil teve aumento de 54%.

Todos os Estados brasileiros registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.

Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Além do aumento no Mato Grosso do Sul (103%), outros estados estiveram acima da média nacional, casos de Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda Paraná (75%), São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).

Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Paraná registrou aumento de 59%, Distrito Federal, de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.

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