Um incêndio de médias proporções atingiu e destruiu parcialmente no domingo (25) um hospital em Bagdá, capital do Iraque, causando a morte de pelo menos 130 pessoas e deixando cerca de 35 feridos. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas acredita-se que tenha ocorrido em decorrência da explosão de cilindros de oxigênio.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, as investigações preliminares mostram que o fogo começou de forma acidental, após um cilindro de oxigênio ter explodido em uma enfermaria do Hospital Ibn al-Khatib, que estava lotada com pacientes tratando da Covid-19 (Coronavírus).
As investigações mostram que no local da explosão havia, além dos pacientes, médicos e enfermeiros, vários familiares dos pacientes, o que contraria as regras de biossegurança.
O relatório elaborado pela Comissão Iraquiana de Direitos Humanos mostra violações de “regras anti-Covid básicas”. Além disso, os funcionários não utilizaram os equipamentos de combate a incêndio, porque não sabiam aonde estavam guardados.
As equipes de resgate e os bombeiros demoraram cerca de uma hora para chegar, fato que obrigou os parentes dos pacientes a socorre-los por conta própria.
O porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, major-general Khaled al-Muhanna, disse que no dia da tragédia as equipes de emergência, incluindo os bombeiros, demoraram cerca de “três minutos” para chegar ao hospital, e que imediatamente começaram a socorrer as vítimas e a combater as chamas.
O sistema de saúde do Iraque como um todo, principalmente os hospitais, sofrem com a falta de investimento e com o sucateamento dos equipamentos provocado por décadas de conflitos. A negligência das autoridades e a corrupção também são fatores que contribuem para o desmantelamento das unidades de saúde no país.
Com informações das Agências France Press e Reuters