Pandemia diminui fluxo de migrantes e refugiados no mundo

O número de migrantes e refugiados que deixam seus países de origem em busca de novas oportunidades em outras nações diminuiu consideravelmente em todo o mundo em decorrência da Pandemia da Covid-19.

A crise da migração teve uma paralisação drástica em 2020 e no início deste ano porque muitos países fecharam suas fronteiras para conter o avanço da doença e, consequentemente, impediu a entrada dos refugiados e migrantes.

Refugiados na República Democrática do Congo em outubro de 2020 – Foto: Unicef/Olivia Acland

Durante a pandemia, refugiados e migrantes tiveram que se proteger e preferiram permanecer em seus países de origem, já que os obstáculos para uma travessia segura aumentaram consideravelmente, com aproximadamente 111 mil divisas e fronteiras fechadas hermeticamente pelo mundo.

A Organização Internacional para Migrações (OIM) e o Instituto de Política de Migração (MPI) divulgaram essa semana dois relatórios sobre a situação da pandemia e a consequência para as migrações.

O primeiro foi elaborado entre janeiro e maio de 2020, durante o lockdown em praticamente toda a Europa, quando houve o fechamento total das fronteiras para conter a propagação da doença; e o segundo foi elaborado entre junho e setembro, também em 2020, quando alguns países reabriram suas fronteiras, retomando inclusive os voos internacionais.

Entre outubro e dezembro de 2020 foi elaborado um terceiro relatório quando os países voltaram a fechar suas fronteiras e a suspender os voos, em decorrência do aumento no número de infectados provocado pela segunda onda da Covid-19.

Nos três relatórios fica evidenciado que o movimento das pessoas foi fortemente afetado, com efeitos mais severos sobre os que precisaram cruzar fronteiras para salvar suas vidas ou fugir de situações de ameaças e perigos extremos.

A pandemia não afetou somente o trânsito dos refugiados e migrantes, mas também de estudantes internacionais, de empresários e de cidadãos comuns, que se viram proibidos de viajar.

Os relatórios mostram que até o fim de março de 2020, os governos haviam tomados 43,3 mil medidas para impedir viagens. O número de voos internacionais foi reduzido em 92% somente entre abril e maio, se comparado com o mesmo período de 2019.

A OIM acredita que algumas medidas de impedimento de viagens podem continuar em 2021, em decorrência de novas variantes da Covid-19 e, sobretudo, devido à falta de vacinas em alguns países.

Os relatórios evidenciam ainda que os países precisam evitar respostas unilaterais, atuando de forma conjunta com as demais nações e organizações internacionais, porque a pandemia precisa ser controlada em todo o mundo e não apenas em determinados países, caso contrário as infecções continuarão ocorrendo.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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