Tempestade de areia atinge Pequim, capital da China

Voos foram cancelados e o transporte público foi parcialmente paralisado.

Uma forte e densa tempestade de areia atingiu nesta segunda-feira (15) várias províncias no Nordeste da China, incluindo a capital Pequim (Beijing). Ainda não há informações sobre vítimas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, as tempestades de areia é um fenômeno comum na China e costuma provocar sérios problemas a população chinesa, afetando o transporte público e provocando danos à saúde das pessoas.

Uma densa tempestade de areia atingiu Pequim, capital da China, nesta segunda-feira (15), pegando motoristas de surpresa — Foto: Mark Schiefelbein/AP

As autoridades chinesas informaram agora a pouco que por causa da tempestade de areia centenas de voos foram cancelados nos dois principais aeroportos de Pequim. Todos os aeroportos, assim como as rodoviárias e ferroviárias, foram fechados, deixando milhares de pessoas sem transporte público.

Prédios e edifícios simplesmente “desapareceram” em meio a tempestade de areia. Motoristas estão tendo dificuldades para trafegar pelas vias públicas devido à baixa visibilidade. O risco de acidentes é alto.

O Centro Meteorológico Nacional da China informou que a tempestade de areia se formou no Deserto de Gobi, na Região da Mongólia Interior, e está sendo considerada a mais intensa em 10 anos.

O porta-voz do Centro Meteorológico disse ainda que a areia e a poeira devem afetar 12 províncias na Região de Xinjiang, no Noroeste do país, podendo chegar a cidade portuária de Tianjin, próxima a Pequim.

O plantio maciço de árvores e arbustos no país conseguiu reduzir os efeitos das tempestades de areia em várias regiões da China, mas em algumas áreas elas permanecem, sobretudo por causa da expansão das cidades e de indústrias, aliadas a mineração a céu aberto, que colocam uma pressão no meio ambiente chinês.

Ciclistas também pegos de surpresa hoje (15) em Pequim, na China e muitos decidiram voltar para casa — Foto: Mark Schiefelbein/AP

Pequim vem sofrendo nos últimos anos um constante declínio na qualidade do ar, sobretudo em decorrência da poluição desenfreada.

O Partido Comunista Chinês, que controla o país, prometeu as autoridades internacionais reduzir drasticamente as emissões de carbono na atmosfera, o que poderia melhorar consideravelmente a qualidade do ar e a saúde da população da capital chinesa.

Durante uma Conferência do Clima realizada na Organização das Nações Unidas (ONU), as autoridades chinesas prometeram reduzir as emissões de carbono em 18% nos próximos cinco anos, mas ambientalistas acreditam que essa meta não será cumprida.

A China ainda depende do carvão como material para suas usinas termelétricas. O produto é altamente poluidor, sendo essa uma das razões que transformou o país no maior emissor mundial de gases causadores das mudanças climáticas.

Com informações das Agências France Presse e Associated Press

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