Cerca de 300 pessoas saíram as ruas de Malmö, no Sul da Suécia, na tarde de sexta-feira (28), para protestar contra um vídeo postado na internet onde é possível ver pessoas queimando o Alcorão, livro sagrado do Islamismo.
De acordo com as primeiras informações, divulgadas agora a pouco pelas principais agências internacionais de notícias, nenhum manifestante foi preso e/ou ficou ferido, tendo o protesto começado de forma pacífica, mas depois ocorreu violência.
O Imã local, autoridade religiosa islâmica, condenou a atitude das pessoas que queimaram o livro e pediu as pessoas que evitem protestos e manifestações, visando impedir que ocorram violência desnecessária.
Há relatos, ainda não confirmados, de que um grupo de manifestantes teriam atirado pedras contra os policiais que acompanhavam a manifestações. Pneus de alguns carros foram queimados.
O porta-voz da polícia de Malmö, Patric Fors, disse em entrevista coletiva que alguns policiais ficam levemente feridos, mas que todos já receberam alta. Ao todo, 13 suspeitos já foram identificados e estão sendo procurados.
Segundo o Imã Samir Muric, aqueles mulçumanos que agiram com violência nos protestos não representam o Islã e devem ser banidos.
“Aqueles que estão agindo dessa forma não têm nada a ver com o islã. Seus gritos cheios de ‘Allahu Akbar’ [Deus é grande] são apenas explosões que eles não dizem a sério, porque, se realmente quisessem dizer isso, não teriam agido assim“, afirmou o imã.
A situação já foi controlada pela polícia em Malmö. A orientação das autoridades é para que os cidadãos permaneçam em casa e evitem aglomerações.
O jornal ‘The Guardian’ disse que o vídeo com o livro sagrado do islamismo sendo queimado foi feito e postado por seguidores de um político dinamarquês de extrema-direita, Rasmus Paludan, que foi deportado da Suécia.
As imagens que circulam na internet foram feitas próximas a principal mesquita de Malmö, que permanece protegida pela polícia.
Com informações das Agências France Press e Reuters