Dia Nacional de Combate ao Fumo: Sérgio, que contava os dias sem fumar em calendário, diz que família foi a força para suspender cigarro

Em período de pandemia pela Covid-19, pneumologista relata que cuidados devem ser redobrados

Minha família é meu maior incentivo, e o exemplo que quero dar aos meus dois filhos foi a minha força para largar de vez o cigarro”. O relato é do colaborador da Unimed Campo Grande, Sérgio Luiz de Oliveira, que teve o cigarro em sua rotina durante 15 anos e no próximo sábado (29) terá motivos de sobra para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo: há seis meses parou de fumar.

Foto: Divulgação

Sérgio também conta que a perda de um grande amigo foi outra situação que o motivou, e muito, a largar o tabaco. “Meu sogro fumou a vida toda, por conta disso teve problemas de saúde e faleceu. Perdi um grande amigo”.

Depois disso, os filhos de Sérgio, dois meninos de 9 e 5 anos, cobravam o pai para que parasse de fumar. “O mais velho não perdoava, vinha e me dava àquela bronca, ele dizia: você tem que ter qualidade de vida. Já o pequeno me cobrava uma postura diferente. Minha esposa conversava comigo e pedia para que eu fosse ao médico. Eles ajudaram muito, antes e em todo processo”.

Sabemos que parar de fumar não é uma tarefa fácil, pois trata-se de um vício, mas, especialmente neste período de pandemia pela Covid-19, em que precisamos cuidar ainda mais da saúde, vale se esforçar para adotar hábitos de vida mais saudáveis. Se não é possível parar de uma vez, o ideal é ir diminuindo a quantidade diária, já é um bom começo.

Para vencer esta batalha o psicólogo da Unimed CG, Thiago Ribeiro Rey Molina, informa que é importante ter perseverança e hábitos saudáveis. “Já ouvi relatos de pessoas que tentaram, e falharam algumas vezes, antes de conseguir parar de fumar. A perseverança delas foi um fator decisivo para o sucesso. Aderir a uma rotina saudável também é fundamental. Procurar o hobby, realizar atividades físicas e ter uma alimentação saudável são fundamentais para o sucesso”.

Outro ponto importante é evitar os lugares onde você tem costume de fumar ou tem contato com outros fumantes. Esses lugares devem ser evitados, pois estimulam o indivíduo a fumar, levando a conflitos internos desnecessários. Lembre-se, caso ache necessário ajuda, procure um profissional”, informa o psicólogo.

Com Sérgio a mudança foi gradativa, aos poucos. Ele conta que foi reduzindo a quantidade de cigarros por dia até chegar o momento de parar por completo. “Em 10 dias já tinha parado 100%, não foi de uma hora para outra, foi de pouco em pouco até parar tudo. Até marquei a data, foi no dia 08/02/2020, é um dia muito importante, marquei no calendário e fui circulando as datas seguintes para me lembrar que consegui (conforme mostra a foto)”.

E o momento de mudança de hábito merecia ser dividido com aqueles que sempre estiveram ao lado dele: a família. “Contei para meus filhos, eles ficaram muito felizes, diziam que eu ficaria melhor, teria mais tempo de vida”.

O pneumologista da Unimed Campo Grande, Dr. Ronaldo Perches Queiroz, afirma que mudanças benéficas ocorrem no organismo de quem abandona o tabagismo. “Ao parar de fumar, em minutos a pressão arterial e a frequência cardíaca já começam a cair. Após oito horas em média, cai o índice de intoxicação pelo monóxido de carbono. Em alguns dias, melhora o olfato e o paladar. E em média, após cinco anos, cai pela metade o risco de doenças cardiovasculares e de diversos tipos de câncer”.

Pensando na nova rotina, Sérgio disse que adotou novos hábitos em sua vida. “Mudei minha alimentação também, fui para a academia, e agora muita coisa melhorou. Durmo melhor, meu sono tem qualidade, tomo mais água, consigo correr e fazer muita coisa. De fato, não é fácil, eu sei, e não foi fácil para mim, mas tem que insistir, a questão é não desistir”, acrescenta.

Fumantes Passivos  

Além dos fumantes, há uma preocupação em relação aos chamados fumantes passivos, aqueles que acabam inalando a fumaça de cigarros, charutos, cigarrilhas e do narguilé.

O pneumologista da cooperativa médica alerta que “o fumante passivo inala as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala, pois a fumaça que sai da ponta do cigarro se espalha no ambiente e contém, em média, 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala na tragada, e as principais consequências são reações alérgicas, infarto, câncer do pulmão e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – Enfisema (DPOC) quando são expostos por longos períodos”, ressalta o médico.

Fumo x Covid-19 

Falar de um assunto tão importante torna-se mais notório ainda por conta do período pandêmico que vivemos, De acordo com Dr. Ronaldo, “os tabagistas já têm doenças pulmonares prévias, especialmente o enfisema pulmonar e considerando que a principal causa de morte pela Covid-19 é a pneumonia, em pacientes fumantes esta condição pode assumir um quadro muito mais grave e potencialmente fatal”.

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