Docente da UEMS faz cartografia diária da Covid-19 em MS

Dr. Giovane Silveira da Silveira – Fotos: Divulgação

O docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Dr. Giovane Silveira da Silveira, do curso de Ciências Econômicas na Unidade de Ponta Porã, que atua na área de desenvolvimento de indicadores-socioeconômicos regionais, tem elaborado diariamente a cartografia de dados de casos confirmados de Covid-19 no Estado. Os mapas serão divulgados diariamente nas redes sociais da Universidade.

O material é relevante para a sociedade por atentar-se à dinâmica locacional deste vírus nos limites municipais do território que compreende o Estado de Mato Grosso do Sul. O trabalho mostra o número de casos de Covid-19 por Regiões Geográficas Intermediárias, as Regiões Geográficas Imediatas e por Limite territorial dos municípios.

O professor ressalta que a Covid-19 é evento espacial – que é aquele em que a localização exerce um papel fundamental, pois tudo o que acontece pode prescindir da existência de um determinado lugar para ocorrer. A Covid-19 teve seu primeiro evento na Ásia, sucedendo-se na Europa e agora na América, tanto do Norte, Central e Sul. E como todo evento espacial, o trajeto e expansão da Covid-19, é passível de ser cartografado. Os mapas serão divulgados diariamente nas redes sociais da Universidade.

Giovane Silveira enfatiza que o Brasil tem com o uso da cartografia um instrumento de vital importância para o enfrentamento a disseminação do vírus no território nacional. “Para os gestores do território, sejam presidentes, governadores e prefeitos, a informação sobre os locais de maior e menor incisão de um determinado evento, como por exemplo a Covid-19, é significativa no sentido de que permite a tomada de uma série de providências no que diz respeito ao destino do quantitativo de recursos humanos e materiais. Ou seja, o mapeamento deve prescindir o planejamento de ações e tomadas de decisões que transpassem a formulação de políticas públicas”, destacou.

Fotos: Divulgação

Ele explica também que o uso da cartografia para lidar com epidemias remonta ao século XIX, por meio do trabalho seminal do Dr. John Snow. E que os elementos cartográficos são ferramentas que permitem a junção da técnica com a investigação. Cita como exemplo os trabalhos cartográficos que geolocalizam a Covid-19 nos municípios do Estado de São Paulo e registraram uma conformidade entre as cidades mais afetadas pelo vírus e sua relação com rotas de transporte intermunicipal. “Assim, tanto o poder público quanto o cidadão entendem que estas rotas devem ser priorizadas em termos de contenção a fim de fortalecer o isolamento social para combater a expansão do vírus. E tal intersecção entre as cidades com maior incidência da Covid-19 e as rotas de transporte intermunicipal também já está sendo realizada para demais metrópoles brasileiras e os resultados são similares”, disse.

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul já atua nesta questão das rodovias por meio das Barreiras Sanitárias que abordam transeuntes que ingressam no território estadual, realizando monitoramento, orientações e caso necessário atendimento médico.

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