Todos pela Saúde completa três meses com mais de 100 milhões de itens adquiridos para doação

Lançado em abril com doação inicial de R$ 1 bilhão feita pelo Itaú Unibanco, movimento já direcionou 82% dos seus recursos para ações que cobrem as quatro frentes de atuação - Informar, Proteger, Cuidar e Retomar. Prioridade agora é atuar em iniciativas estruturantes para o País. São 184 hospitais cobertos em todo o Brasil e ações direcionadas a diferentes públicos

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – O Todos pela Saúde, iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a Covid-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira, completa três meses de atuação no próximo dia 13 de julho. Após o período inicial de atuação sobre as questões mais agudas e emergenciais da pandemia, como a criação de gabinetes de crise em todos os Estados do Brasil e no DF, a doação de mais de 14 milhões de máscaras para a população e a aquisição de 90 milhões de equipamentos para hospitais da rede pública de saúde, o movimento passou a atuar também em iniciativas estruturantes e de longo prazo, que ajudarão o País a enfrentar a Covid-19 e a se preparar para futuras epidemias e pandemias.

“Assim que foi implementado, o Todos pela Saúde direcionou seus esforços para aquilo que era mais emergencial: salvar vidas e proteger os profissionais de saúde. Com esse objetivo, o movimento realizou doações de máscaras e equipamentos de proteção individual e hospitalares para todo o Brasil, além da campanha de conscientização da população para o uso de máscaras, que alcançou 175 milhões de pessoas”, afirma Cláudia Politanski, vice-presidente do Itaú Unibanco. “Agora, o movimento tem como foco principal iniciativas que atacam problemas mais estruturais do nosso sistema de saúde, como a ampliação da capacidade de testagem, a proteção dos públicos mais vulneráveis à pandemia e o desenvolvimento de pesquisas, investimentos que deixarão um legado importante para o País.”

Os recursos aportados no Todos pela Saúde são administrados por um grupo de especialistas liderado
pelo médico Paulo Chapchap, doutor em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo e diretor-geral do Hospital Sírio Libanês. Esta equipe define as ações a serem financiadas, de forma que as decisões estratégicas sejam respaldadas por premissas técnicas e científicas. “Neste novo momento do programa, estamos direcionando recursos e esforços especialmente a projetos que visam a melhorar a realidade do nosso sistema de saúde. Hoje, estamos coordenando desde projetos envolvendo o uso de inteligência artificial para a realização de diagnósticos, até a implementação de novos centros para testes e o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19”, afirma Paulo Chapchap.

Além de Chapchap, integram o grupo o médico, cientista e escritor Drauzio Varella, o ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS) Maurício Ceschin, o consultor do Conselho dos Secretários de Saúde (CONASS) Eugênio Vilaça Mendes, o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, e o presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pedro Barbosa.

As principais realizações do projeto nesse período foram:

Centros de processamento de testes

Fruto de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Estão sendo construídos dois centros de processamento de testes de sorologia para a detecção do novo coronavírus. Localizadas no Rio de Janeiro e no Ceará, as novas unidades entrarão em operação para processar testes realizados em todo o Brasil. Juntas, terão capacidade de realizar até 25 mil exames por dia, dobrando a capacidade atual de testagem no País. Os novos centros serão um legado após a pandemia, pois poderão ser utilizados, futuramente, para a detecção de outras doenças.

Apoio a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)

Colaboradores e idosos residentes de cerca de 600 ILPIs receberão R$ 33 milhões em EPIs (máscaras, óculos de proteção, faceshield, luvas, avental, gorro, termômetros e oxímetros), mais de 800 mil itens de higiene (álcool em gel e líquido, sabonete líquido, hipoclorito e papel toalha), além de materiais informativos sobre como utilizar corretamente esses equipamentos de proteção. O programa incluirá ainda a testagem da população dessas instituições. Serão contempladas instituições localizadas em municípios com mais de 200 mil habitantes e alto índice de casos confirmados da doença, em 22 Estados, abrangendo mais de 50 mil pessoas entre profissionais e idosos dessas instituições. A iniciativa tem apoio do OLHE (Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento), ONG que atua para proteção da pessoa idosa e fará o acompanhamento in loco da implementação dos protocolos de prevenção e testagem nas ILPIs.

Centros de acolhimento

Na segunda quinzena de junho, foi inaugurado o primeiro centro de acolhimento para pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, no bairro do Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo. O centro é o primeiro de oito que serão inaugurados em todo o Brasil e foi montado em uma escola estadual que estava fechada por causa da quarentena. O espaço atende aos moradores da comunidade e tem capacidade para acolher até 390 pessoas. O objetivo é possibilitar aos moradores contaminados o isolamento social, de forma que o vírus não se espalhe na comunidade, o que é fundamental para desafogar o SUS. Nesse espaço, os residentes têm o apoio de assistentes sociais, cuidadores e acompanhamento médico via telemedicina. Também recebem cinco refeições por dia preparadas por fornecedores locais – com geração de renda para a comunidade – e roupas obtidas por doações. No total, o projeto oferecerá 1.780 leitos em comunidades de diferentes Estados brasileiros, com investimento de cerca de R$ 30 milhões.

Testagem em caminhoneiros

Com o objetivo de apoiar o trabalho dos motoristas de caminhão, que mesmo durante a pandemia continuam exercendo funções essenciais à população, o Todos pela Saúde, em parceria com o Grupo EcoRodovias e a Porto Seguro, está realizando testes para identificação do novo coronavírus e aplicando vacinas contra a gripe influenza (H1N1) em cinco pontos de fácil acesso para os caminhoneiros nas cidades de São Bernardo do Campo, Guararema, Itaquaquecetuba, Cubatão e Santos, em SP. A ação prevê aplicar 44mil testes e 24 mil doses de vacina no período de um mês, podendo ser estendida de acordo com a necessidade.

Linha de Apoio

Canal direto de apoio, escuta, acolhimento e orientação dedicado principalmente às equipes de saúde dos hospitais envolvidos no atendimento aos casos de covid-19. Por meio dele, o profissional de saúde ou de outra área que esteja na linha de frente pode ligar, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e ser atendido por um psicólogo. Se necessário, o usuário do serviço tem a opção de realizar 4 sessões com um psicanalista ou psicólogo especializado no controle do estresse. O canal pode ser acessado pelo telefone 0800 999 8896 ou e-mail fale@apoiopsico.com.br.

Inteligência artificial e tecnologia da informação

Diferentes aplicações desenvolvidas pelos times de TI e UX do Itaú Unibanco, com apoio dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, estão permitindo o controle apurado de leitos de UTI e EPIs, além de ajudar no diagnóstico mais ágil da covid-19:

App Todos pela Saúde: aplicativo que coleta dados para mostrar o número e o tipo de leitos disponíveis, além da quantidade de equipamentos hospitalares e de proteção individual em até 1.300 hospitais brasileiros. Em breve, também aparecerão dados sobre os profissionais de saúde em cada unidade hospitalar, cidade e estado brasileiro.

RadVid-19: o uso desta aplicação agiliza os diagnósticos e tratamento dos pacientes. A plataforma RadVid-19 usa inteligência artificial para ler tomografias computadorizadas e indicar a probabilidade de a pessoa estar com a doença. A ferramenta mostra também o grau de comprometimento pulmonar, ajudando médicos a definir sua conduta mesmo antes do resultado do teste, insuficiente neste momento da pandemia.

Todos pela Saúde em números

  • 27 Gabinetes de Crise em todos os Estados brasileiros e no DF
  • Mais de 14 milhões de máscaras distribuídas para a população
  • 175 milhões de pessoas impactadas pela campanha de conscientização e educação para o uso de máscaras
  • 90 milhões de EPIs adquiridos
  • 600 ILPIs apoiadas, beneficiando 25 mil idosos e 25 mil colaboradores
  • 8 Centros de Acolhimento em construção em diferentes Estados
  • 44 mil testes e 24 mil vacinas para caminhoneiros em SP
  • 7 mil diagnósticos de tomografia realizados com uso de inteligência artificial
  • 6 mil consultas/mês devem ser realizadas pelo programa de atendimento psicológico a profissionais da linha de frente
  • 25 mil testes poderão ser analisados por dia nas 2 novos Centros de testes, dobrando a capacidade de testagem no Brasil
  • 1 mil leitos de alojamento, 174 leitos hospitalares e 300 cilindros de oxigênio doados em apoio a populações indígenas e refugiados
  • R$ 50 milhões estimados para investimento em vacina contra a covid-19

Mais doações

Em adição ao R$ 1 bilhão doado pelo Itaú Unibanco, o Todos pela Saúde também passou a receber doações de pessoas e empresas. “Ficamos muito tocados com a quantidade de empresas e pessoas físicas que nos procuraram para contribuir com o Todos pela Saúde”, afirma Cláudia Politanski. As orientações sobre o movimento e como contribuir estão em todospelasaude.org.

A atuação da Todos pela Saúde se dá por meio de quatro eixos:

  • Informar

– Campanha de incentivo ao uso de máscaras pela população;

– Orientação da população para higiene das mãos e etiqueta da tosse;

– Valorização das iniciativas de solidariedade da sociedade civil;

  • Proteger

– Disponibilização de equipamentos de proteção individual e testagem para profissionais de saúde;

– Testagem populacional para orientar ações de saúde pública;

  • Cuidar

– Apoio aos gestores públicos estaduais e de grandes municípios na estruturação de gabinetes de crise;

– Capacitação e apoio aos profissionais de saúde em melhores práticas, protocolos e terapêuticas;

– Uso de telemedicina para monitoramento de casos e apoio aos profissionais de saúde;

– Ampliação da capacidade e eficiência em estruturas hospitalares referenciadas;

– Compra e distribuição de insumos estratégicos, além da mobilização de equipamentos e recursos humanos;

  • Retomar

– Colaboração para o desenvolvimento de estratégias, visando a: retorno mais seguro às atividades sociais; e programas de monitoramento da população com risco elevado.

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