Fabrício Queiroz é preso em sítio no interior de SP

Ele é investigado por ter participado ativamente no suposto esquema de 'rachadinha' na ALERJ, na época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual.

Fabrício Queiroz, ex-policial militar e ex-assessor e ex-motorista do Senador Flávio Bolsonaro foi preso na manhã desta quinta-feira (18) escondido em um sítio em Atibaia, no Interior de São Paulo. A prisão ocorreu durante a Operação Anjo, desencadeada pela Polícia Federal.

O mandado de prisão preventiva, sem prazo definido para encerrar, foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento do inquérito que apura o suposto esquema de ‘rachadinha’, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).

Momento em que Fabrício Queiroz é preso pela Polícia Federal em Atibaia (SP) – Foto: ABr

No esquema, segundo a investigação, assessores e funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, devolviam parte do salário para ele. O dinheiro era utilizado para aquisição de imóveis em nome de Flávio e familiares.

Fabrício Queiroz foi preso em um sítio pertencente a Frederick Wassef, advogado da Família Bolsonaro. O caseiro que cuida da propriedade disse aos policiais federais que Queiroz estava no local há cerca de 1 ano.

Frederick Wassef disse, durante entrevista ao Programa Em Foco’, que não sabia do paradeiro de Fabrício Queiroz. Na manhã desta quarta-feira (17), ele esteve no Palácio do Planalto participando da cerimônia de posse do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Segundo fontes da Polícia Federal, na casa do sítio em Atibaia foram encontrados e apreendidos vários documentos e equipamentos, incluindo um cartaz com dizeres “AI-5”, Ato Institucional nº 5, instituído em 1968 durante a Ditadura Militar, com o objetivo de perseguir, prender e torturar políticos, jornalistas e outros membros da resistência.

Após ser preso, Fabrício Queiroz foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo, onde foi realizado o exame de Corpo de Delito. Depois, ele foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil da mesma cidade onde prestou depoimento.

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro pediu a prisão de Fabrício Queiroz porque considerava que ele estaria ainda cometendo crimes, interferindo na coleta de provas.

A Justiça do Rio de Janeiro também determinou a prisão da esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, mas ela ainda não foi localizada e está sendo considerada foragida.

Com informações das Agências Brasil e Estado

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