As principais lições deixadas por Jack Welch

Executivo foi muito além do sucesso nos negócios e se tornou um humanista exemplar

André Rezende – Foto: Arquivo Pessoal

Jack Welch, ex-executivo americano, que morreu na última segunda (2) aos 84 anos de idade, deixou um legado que vai muito além de sua bem sucedida passagem pelos negócios. Sob sua tutela, a General Eletric, seu único empregador durante toda a vida, se tornou a empresa mais valiosa do mundo. Consagrado como o “CEO do Século”, pela revista Fortune, Welch provavelmente conservará essa condição até muito tempo após sua morte.

Em 2005, ele ainda foi eleito o CEO mais admirado dos últimos 20 anos pela revista Chief Executive e um dos maiores líderes mundiais da atualidade, segundo pesquisa da Fast Company. Além dos honorários prêmios, um dos motivos de orgulho de Welch era ter adotado muitos CEOs que mais tarde se tornaram renomados em outras grandes empresas americanas.

Muito além da grande influência no mundo corporativo, Welch deixa grandes lições para toda a humanidade. Um líder que via no ser humano o seu maior valor e a sua grande fonte de recursos para alcançar o sucesso. Engenheiro químico, para ele, as empresas deviam seguir quatro conceitos fundamentais para alcançar seus objetivos. E são essas coordenadas que aqueles que pretendem se tornar gestores precisam ter sempre em mente:

  • Missão clara e bem definida para dar o rumo à empresa ajudando a manter o foco nas dificuldades e no planejamento.
  • Valores bem definidos com uma liderança que exerça uma postura sincera, transparente e comunicativa, avaliando constantemente o desempenho dos colaboradores.
  • Criatividade, inovação e diferenciação para garantir o futuro da empresa e atingimento da missão.
  • Excelente liderança para transformar a empresa para que tenha capacidade de dizer sim ou não.

Vivemos em um momento de grande carência de bons líderes. Estes são gestores que enxergam a companhia e suas metas sem esquecer que o fator humano é fundamental. Além disso, também possuem objetivos fortes e sabem trilhar o caminho até o objetivo final potencializando os talentos de cada um, respeitando as suas limitações e agregando conhecimentos, sem deixar de estimular o trabalho em equipe e a colaboração.

São esses os valores que transformam as experiências. Não podemos nunca esquecer que o caminho é o momento de maior aprendizado como seres humanos, não o objetivo final. Valorizar a humanidade é entender também que os erros não só fazem parte do processo, como são grandes oportunidades de crescimento. Errar é humano e uma visão humanista, como a de Jack Welch, enxerga bem isso.

Como ele mesmo falou, “os erros podem muitas vezes ser tão bons professores quanto o sucesso”.

A morte de Welch é realmente uma perda e nos traz um vazio. No entanto, até mesmo esta perda é importante para refletirmos sobre como temos agido como líderes tendo como base seu legado e ensinamentos que certamente serão passados de geração a geração.

E você qual o legado que está deixando como líder em sua organização?

*Sobre André Rezende

André Rezende é consultor, palestrante e mentor de pessoas e negócios, com uma carreira focada em atingimento de objetivos e resultados. Formado em Administração de empresas, pós-graduado em Gerência Financeira, Finanças Corporativas e MBA executiva em finanças, além de psicologia positiva, já ocupou cargos executivos de gestão e liderança em grandes empresas. Como pano de fundo para sua metodologia está o Caminho de Santiago, uma peregrinação milenar realizada pelo especialista e que o inspirou a moldar seus projetos de consultoria e a escrever o livro “O caminho da Liderança”, que em breve será lançado.

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