Em busca de vaga para a elite do surf mundial, peruanos querem fazer bonito no Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy, em Fernando de Noronha

Alonso Corrêa vem do vice em Marrocos e Miguel Tudela foi 9º lugar no ano passado

Alonso Corrêa (PER) no Marrocos – Fotos: Laurent Masurel

Nas últimas três edições realizadas em Fernando de Noronha, as vitórias foram brasileiras, mas agora os ‘gringos’ querem mudar essa história esse ano no Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy. A etapa do Mundial de Surf Qualifying Series (QS) status 5000 tem início na próxima terça-feira (11) e segue até o dia 16, na Praia da Cacimba do Padre, reunindo atletas de 18 países.

A grande atração fica para os 5 mil pontos no ranking que classifica os dez melhores para o Championship Tour (CT) de 2021. Entre os concorrentes estrangeiros, os peruanos, que chegam motivados, sobretudo após o vice-campeonato de Alonso Correa na etapa também com status 5000 no Marrocos. Outro atleta que demonstra confiança é Miguel Tudela, nono colocado na etapa de Noronha em 2019.

O país vizinho, mas banhado pelo Oceano Pacífico, tem grande história, milenar, do esporte de deslizar nas ondas, e ano passado recebeu os Jogos Pan-Americanos, com as disputas nas ondas tendo um moderno centro de treinamento. Na etapa, Alonso chega animado em buscar a liderança do ranking QS.

Miguel Tudela na etapa de 2019 – Foto: Daniel Smorigo/WSL

O surfista de apenas 22 anos espera repetir a boa performance das ondas marroquinas. “As ondas de Noronha são muito divertidas, com tubos e aéreos. Espero que consiga alguns bons tubos no campeonato. Quero fazer um bom resultado na etapa, mas é importante pensar bateria por bateria, surfar bem e ter boas estratégias, porque será uma competição difícil, com muitos brasileiros fortes”, fala o atleta, que foi o 73º colocado na etapa 2019.

Tanto ele, quanto Tudela dividem a opinião da ascensão peruana no surf mundial. “Acho que chegou a hora sim e esse ano teremos, pelo menos um peruano classificado para o CT”, avisa Tudela. “Eu chego confiante, gostei muito do meu desempenho no ano passado e vou com o pensamento de vencer”, revela o atleta de 25 anos.

Outro representante da América Latina vem de El Salvador, país com pouca expressão no surf competitivo, mas que oferece excelentes ondas. Brian Perez é um ídolo local da modalidade e compete pela primeira vez no Brasil. O surfista não esconde a ansiedade em competir em Noronha. “Será minha primeira vez no Brasil e logo num evento muito grande QS 5000. Estou super feliz de estar nessa etapa e vou dar tudo para surfar bem e desfrutar das doas ondas”, fala.

Brian Peres – Foto: Alain Denis

Perez sonha em também chegar à elite e não descarta ainda surpreender com uma das vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, uma vez que seu país receberá a última seletiva para a disputa, no ISA World Surfing Games este ano. “Minha meta é chegar ao CT, é um sonho muito grande e venho trabalhando duro para conseguir. Também estou muito focado em ter um resultado este ano em casa para garantir um lugar em Tóquio”, afirma.

No ano passado, o Brasil fez “dobradinha” no Oi Hang Loose Pro Contest, com Jadson André iniciando sua trajetória de retorno à elite mundial, e Yago Dora, mais um atleta da elite e que vem de final na etapa do QS em Pipeline. Eles estão confirmados no evento, assim como os outros dois vitoriosos do Brasil em Fernando de Noronha, Miguel Pupo, primeiro colocado em 2012, e Alejo Muniz, o melhor de 2013.

Oi Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy já conta com mais de 100 atletas de 18 países. O vencedor da etapa, além dos 5 mil pontos no ranking QS, fatura US$ 15 mil. O evento é uma realização da World Surf League (WSL) com patrocínios da Oi e Elétron Energy, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo de Pernambuco, tendo como proponente o Instituto Incentiva, e da Hang Loose.

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