Picape Mercedes-Benz Classe X sairá de linha sem nunca ter chegado ao Brasil

Fábrica confirmou encerramento de produção da picape ainda neste primeiro semestre

Classe X sairá de linha sem nunca ter chegado ao Brasil (Foto: Divulgação)

Classe X sairá de linha sem nunca ter chegado ao Brasil (Foto: Divulgação)

A participação da Mercedes-Benz no segmento de picapes médias não durou três anos. A divisão brasileira da marca confirmou nesta quarta-feira que a Classe X irá parar de ser fabricada em maio de 2020.

O anúncio oficial vem na esteira da notícia do jornal espanhol La Vanguardia, que havia antecipado a informação do encerramento da produção da picape em Barcelona.

A notícia surge menos de um mês após o braço brasileiro da empresa ter confirmado que não traria mais a picape para o Brasil. No ano passado a Mercedes surpreendeu o mercado da América Latina ao suspender a produção da Classe X na Argentina.

A Classe X usa a mesma plataforma da Frontier (Foto: Mercedes-Benz)

A Classe X usa a mesma plataforma da Frontier (Foto: Mercedes-Benz)

No entanto, ainda se especulava a importação do modelo da Espanha, nas versões topo de linha, para rivalizar com Toyota Hilux, Volkswagen Amarok e a futura RAM 1500.

A Classe X nasceu de um projeto feito em conjunto com a Aliança Renault-Nissan. A picape usa a mesma base de Frontier e Alaskan, mas possui um interior mais refinado e tem a opção de um exclusivo V6 3.0 turbodiesel de 258 cv.

Interior exclusivo buscava dar mais requinte à picape (Foto: Mercedes-Benz)

Interior exclusivo buscava dar mais requinte à picape (Foto: Mercedes-Benz)

Apesar da Mercedes ter conseguido dar uma identidade própria à picape, ela não conseguiu atrair clientes interessados em um modelo mais luxuoso e bem acabado.

Em 2018 foram produzidas 16.700 unidades da Classe X, contra mais de meio milhão de Hilux. No ano passado a situação piorou, com pouco mais de 8.000 veículos fabricados.

O término de produção da picape significará o fim da mais ambiciosa tentativa da Mercedes no segmento. A decisão também trará impactos negativos para a Renault-Nissan, pois a fábrica de Barcelona já está usando pouco mais de 25% de sua capacidade produtiva.

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