Ataque aéreo deixa 28 mortos e 37 feridos na Líbia

Um ataque aéreo realizado neste sábado (04) contra uma base militar em Al-Hadba al-Khadra, nos arredores de Trípoli, capital da Líbia, causou a morte de pelo menos 28 pessoas e deixou outras 37 feridas. A autoria do atentado ainda não foi reivindicada por nenhum grupo.

De acordo com as primeiras informações, divulgadas agora a pouco pelas principais agências internacionais de notícias, o atentado foi contra uma academia militar, controlada pelo Governo de União Nacional Líbio (GNA).

Os feridos foram socorridos e encaminhados a hospitais de Trípoli. A maioria das vítimas é cadetes, que participavam da última reunião do dia, antes de voltarem a seus dormitórios.

Membro da ONU vistoria uma sala queimada após ataque na Líbia — Foto: Goran Tomasevic/Reuters

O porta-voz do Ministério da Saúde do GNA, Amin al-Hashemi, disse que os feridos estão internados em hospital da capital, alguns em estado grave.

A Academia Militar fica localizada em uma zona residencial, mas nenhuma casa foi atingida pelas bombas.

Os arredores de Trípoli, principalmente a Periferia Sul da capital, tem sido palco de intensos combates desde abril passado, quando teve início uma ofensiva do Marechal Khalifa Haftar, homem poderoso no Leste Líbio. Ele tenta conquistar Trípoli, sede do GNA, governo oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Comunidade Internacional em geral.

O porta-voz do GNA acusou as tropas de Khalifa Haftar de estarem por trás deste ataque. O marechal, no entanto, não reivindicou a autoria do atentado.

Cidadãos líbios esperam para doar sangue após um ataque a uma academia militar em Trípoli, na Líbia — Foto: Reprodução/Reuters

A Líbia vem sofrendo uma onda de violência desde 2011, quando o então líder do país, Muamar Khadafi, foi derrubado do poder. Acredita-se que a nação já se encontra próximo a Guerra Civil.

A missão da ONU no país pediu aos dois lados do conflito que setores civis não sejam atacados, e que sejam protegidos, porque em tese esses bombardeios poderiam constituir crimes de guerra.

Desde o início dessa nova ofensiva contra Trípoli, mais de 280 civis e mais de 2 mil combatentes já perderam a vida, segundo dados da ONU.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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