Túmulo de chefe nazista é alvo de vândalos em Berlim, na Alemanha

O túmulo profanado é o do ex-chefe das SS, Reinhard Heydrich, morto em 1942, na cidade de Praga, capital da Checoslováquia. Ele morreu durante uma emboscada feita por membros da resistência.

Um túmulo sem identificação, contendo o corpo de Reinhard Heydrich, ex-chefe das SS da Alemanha Nazista, foi profanado neste fim de semana em Berlim, capital da Alemanha. Nada foi roubado.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o túmulo estava sem identificação para evitar que o local onde encontra-se enterrado o ‘açougueiro de Praga’, servisse de palco para peregrinações e homenagens neonazistas.

Reinhard Heydrich foi um dos ‘arquitetos’ do temido Programa ‘Solução Final’, responsável por enviar milhares de judeus para campos de concentração, onde foram mortos em câmaras de gás, tendo seus corpos sido cremados para que não fossem encontrados.

Imagem de dezembro de 2010, do túmulo do ex-chefe das SS, Reinhard Heydrich, em Berlim, na Alemanha — Foto: Odd Andersen / AFP

A polícia alemã esteve no Cemitério Invalidenfriedhof, no Centro de Berlim, e constatou que nada fora roubado e nem o corpo profanado. Apenas o túmulo foi aberto, deixando os restos mortais de Heydrich a mostra.

Após a Segunda Guerra Mundial, as autoridades aliadas e alemãs decidiram deixar os túmulos dos chefes nazistas sem identificação, para evitar manifestações de apoio a eles e, sobretudo, para evitar que os respectivos locais fossem palco de peregrinações neonazistas.

Acredita-se que os autores dessa profanação tenham obtido informações privilegiadas sobre a localização exata da sepultura. A polícia alemã abriu uma investigação para apurar o caso.

O ex-chefe nazista Reinhard Heydrich, era o subchefe (chefe adjunto) do chefe supremo das SS, Heinrich Himmler. Ele participou ativamente em 1942 da Conferência de Wannsee, na qual o extermínio em massa dos judeus na Europa foi planejado. Ele também foi vice-governador da Bohemia-Morávia.

Morto em 04 de junho de 1942, em um atentado executado pela resistência tchecoslovaca, teve seu carro metralhado. Seus restos mortais foram repatriados para Berlim e seu funeral foi majestoso, tendo sido dado a ele a maior condecoração do III Reich.

Seus restos mortais foram sepultados no Cemitério Invalidenfriedhof, em Berlim capital da Alemanha. Após o término da Segunda Guerra Mundial, as autoridades aliadas e alemãs decidiram retirar a lápide com a identificação, com o objetivo de evitar que o local pudesse se tornar palco de manifestantes neonazistas.

Com informações das Agências Deutsche Welle e France Presse

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