Ladrões armados invadiram na noite deste domingo (1º) o Museu da Stasi, em Berlim, na Alemanha, de onde furtaram joias, medalhas e documentos. O roubo ocorreu dias depois de outro assalto a um museu de Dresden, no leste do país.
A Stasi era designação da antiga Polícia Secreta da Alemanha Oriental, cujos agentes foram denunciados por centenas de mortes e por terem torturados milhares de dissidentes.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os ladrões subiram no telhado do hall de entrada e alcançaram uma janela do primeiro andar.
Já dentro do prédio eles roubaram uma medalha da Ordem de Karl Marx, uma outra da Ordem de Lênin e outra de Herói da União Soviética. Depois, eles seguiram para o andar superior e, então, roubaram joias do escritório de um ex-chefe da Stasi, Erich Mielke.
O Museu da Stasi fica localizado no mesmo prédio onde funcionava a sede da Polícia Secreta da antiga e extinta Alemanha Oriental. Das oito medalhas furtadas, apenas uma era original e de ouro, a da Ordem de Mérito Patriótica. Todas as demais eram cópias.
O diretor do Museu da Stasi, Jörg Drieselmann, disse em entrevista coletiva, que a invasão e o furto de um museu é sempre perturbador. Ele disse acreditar que os ladrões soubessem que algumas peças eram cópias, sem valor material.
“Uma invasão é sempre dolorosa porque perturba sua sensação de segurança. Mas, em termos de valor dos itens roubados, você quase pode se recostar e relaxar”, disse Jörg Drieselmann.
Ainda segundo o diretor do museu, alguns dos itens roubados não possuem valor material, e será difícil vendê-los, a não ser para colecionadores de objetos da antiga Alemanha Oriental.
“Não se trata de grandes tesouros aqui. Somos um museu histórico e não esperamos arrombamentos”, concluiu Jörg Drieselmann.
A coleção de joias roubadas da sede do Museu da Stasi incluía um par de brincos, um anel com pérolas e pedras preciosas e dois relógios de ouro. Todos esses objetos foram confiscados por agentes dos cidadãos da Alemanha Oriental, que tentaram fugir para a Alemanha Ocidental.
Após a queda do Muro de Berlim, há cerca de 30 anos, a maioria dos objetos confiscados foram devolvidos aos seus legítimos donos ou a seus familiares. As peças cujos proprietários não foram encontrados, ficaram no Museu da Stasi por empréstimo permanente.
Com informações da Deutsche Welle e da France Presse