Para o varejista, Black Friday começa em junho e acaba em janeiro

A Black Friday já é a segunda data mais importante para os varejistas brasileiros. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) prevê um crescimento de 18% na receita de e-commerce este ano em comparação a 2018, o que representa R$ 3,45 bilhões em vendas.

E com a chegada da Black Friday, tem início a época de compras de fim de ano. As promoções do varejo brasileiro não se restringem apenas à última sexta-feira de novembro, mas ocorrem ao longo do mês e também após, com o Black Month e Week, além das vendas de Natal e da liquidação de verão em janeiro.

Para fazer frente ao crescimento exponencial de vendas nesse período, as grandes redes começam sua preparação meses antes, em meados de junho. Além das questões visíveis ao público, como a negociação com a indústria e contratação de temporários, é feito um trabalho na infraestrutura tecnológica para que os consumidores realizem suas compras sem imprevistos.

Sergio da Motta, diretor de Serviços de Infraestrutura da IBM Brasil, destaca quais são os principais pontos de atenção, do ponto de vista tecnológico, durante a preparação dos varejistas para a época de compras mais movimentada do ano:

  • Aprimoramento de infraestrutura: alguns varejistas crescem até 50% sua infraestrutura de TI nesse período. A adoção de soluções em cloud permite flexibilidade, rapidez, escalabilidade, além de serem economicamente atrativas para tratar essa demanda variável
  • Segurança nas transações: o maior volume de transações eletrônicas oferece maiores oportunidades e atrativos para criação de fraudes. Varejistas com uma sólida política de segurança implementada correm menos riscos de invasões e/ou vazamentos de dados;
  • Novas aplicações para o cliente: novos canais e modalidades de vendas, entregas e meios de pagamento exigem tempo e recursos relevantes. Desenvolver essas soluções utilizando novas soluções de arquitetura, como Cloud, Microserviços, Containeres, e formas de trabalhar, como a metodologia DevOps, faz enorme diferença na agilidade com que são desenvolvidas e corrigidas as aplicações;
  • Preparação do ecossistema de suporte e manutenção:com mais pontos de venda, mais vendedores, mais centros de distribuição, os varejistas precisam preparar-se para maior volume de chamados técnicos e maior demanda de manutenção. É necessária a existência de suporte com cobertura regional, capacidade de atender rapidamente as localidades críticas, 24h e acordos adequados para os níveis de serviço, de modo que o consumidor final não seja impactado e o varejista não venha a perder renda por problemas técnicos no marketplace virtual ou nos pontos de venda físicos.

Além disso, Sergio ressalta que é necessário que o planejamento seja feito com antecedência para que tudo esteja pronto para o período. “Os varejistas que mais têm sucesso na Black Friday em relação aos pontos abordados acima, começam suas preparações meses antes. É preciso que sejam realizados testes em sua infraestrutura, para verificar se o sistema tem capacidade para aguentar um maior número de pedidos, vendas e transações, e sua prontidão para resistir e se recuperar de um ataque cibernético, por exemplo”, afirma o executivo.

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