Inundações atingem Veneza e turistas ficam assustados

Gôndola fica encalhada na Ponte della Paglia, em Veneza, no Norte da Itália — Foto: Marco Bertorello / AFP Photo

A maré alta fez com que várias partes de Veneza, no Norte da Itália, ficassem inundadas na noite desta terça-feira (12). O centro histórico da cidade ficou totalmente submerso, obrigando turistas a saírem dos hotéis por pontes instaladas de forma provisória.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a maré alta (acqua alta) atingiu 1,87 metros, a maior desde novembro de 1966.

O Centro de Marés de Veneza, juntamente com a prefeitura da cidade, decretou estado de calamidade em toda a região, porque a cheia pode atingir os 1,90 metros.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, disse que essa maré alta já é considerada a maior e a mais devastadora da história.

Turistas tentam atravessar a praça inundada de São Marcos, em Veneza, no Norte da Itália — Foto: Marco Bertorello / AFP Photo

Enfrentamos uma maré mais que excepcional. Todos estão mobilizados para manejar a emergência“, disse Luigi Brugnaro nas redes sociais.

Amanhã (nesta quarta, 13) pediremos o estado de catástrofe natural porque os custos (os danos) serão provavelmente significativos e se espera que o nível da água continue subindo. “Necessitamos que todos nos ajudem a lidar com o que é claramente o impacto da mudança climática“, afirmou o prefeito Luigi Brugnaro, no fim da noite na famosa Praça de São Marcos.

A Basílica de São Marcos ficou alagada e muitos fieis não puderam entrar no templo, que ficou fechado. Escolas e prédios públicos também ficaram fechados nesta terça-feira (12) e quarta-feira (13).

O responsável pelo prédio, Pierpaolo Campostrini, disse que em toda a histórica da basílica, construída em 828, e reconstruída em 1063, após um incêndio, o vestíbulo só havia ficado inundado cinco vezes.

Imagem mostra uma turista próxima a Basílica de São Marcos, em Veneza, na Itália — Foto: Marco Bertorello / AFP Photo

Para Pierpaolo Campostrini, a maior preocupação são as grandes inundações, que podem provocar danos irreparáveis na edificação da Basílica de São Marcos. Das cinco últimas inundações, três aconteceram nos últimos 20 anos. A última ocorreu em 2018.

Para proteger a cidade de Veneza das marés, as autoridades italianas iniciaram em 2003, um projeto composto por 78 diques flutuantes, que em tese fecharia a lagoa em caso de excessiva elevação das águas do Mar Adriático.

O projeto, denominado de Mose (módulo Experimental Eletromecânico, foi abandonado e custou milhões de euros.

Turistas são obrigados a usar uma passarela improvisada para deixar o hotel em Veneza, na Itália — Foto: Marco Bertorello / AFP Photo

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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