Ataque aéreo deixa mortos e feridos no Norte da Síria

O Norte da Síria voltou a ser bombardeado na manhã deste domingo (13) por tropas turcas. O ataque aéreo causou a morte de pelo menos 10 pessoas e deixou outras 35 feridas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o bombardeio aéreo teve como alvo um comboio de carros e caminhonetes que transportavam civis, entre eles mulheres e crianças.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que desde o início da ofensiva turca na Síria já morreram 26 civis, e cerca de 2 mil tiveram que deixar suas casas.

Bombardeio aéreo atinge a cidade síria de Tel Abyad, na fronteira com Turquia, neste domingo (13) — Foto: Lefteris Pitarakis/ AP

Ainda segundo o OSDH, neste quinto dia de ofensiva militar turca na região teve como alvo principal a população curda, que reside em regiões no Norte da Síria.

Testemunhas disseram que as forças da turcas e grupos aliados sírios já dominaram a cidade de Tal Abyada, a maior conquistada até o momento desde o início da ofensiva militar da Turquia.

Militares turcos bloquearam e fecharam a principal via de acesso a cidade de Kobani, impedindo a retirada e a fuga de civis.

Em resposta a ofensiva militar turca, cursos e sírios lançaram 300 projéteis em direção ao Sul da Turquia. Deixando 18 mortos e 100 feridos, todos civis.

Autoridades curdas disseram que centenas de estrangeiros ligados ao Estado Islâmico (EI) fugiram do Campo de Refugiados de Ain Issa, que abriga cerca de 12 mil desabrigados, entre eles familiares de insurgentes ligados ao grupo terrorista.

O destino dos extremistas islâmicos do EI que atualmente estão detidos na Síria preocupa a Comunidade Internacional. Os países temem que eles possam aproveitar o caos e fugir das prisões.

Fumaça é vista na cidade síria de Ras al-Ain, na fronteira com a Turquia, neste domingo (13) — Foto: Ozan Kose / AFP

As Forças Democráticas da Síria (FDS), ligadas aos curdos, disseram que vão ter que concentrar suas forças para se defender dos ataques da Turquia, e que não poderão mais manter guarda nas prisões onde estão do jihadistas do Estado Islâmico.

Nas cidades sírias de Tell Abiad e Ras al Ain, no Nordeste do país, cerca de 130 mil pessoas deixaram suas casas e fugiram, temendo o conflito entre a Síria e a Turquia. Alguns foram recebidos por parentes e amigos, mas a maioria se refugiou em escolas e/ou abrigos coletivos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima em cerca de 400 mil, o número de pessoas/refugiados que precisem de assistência ou proteção imediata.

A ONU também informou que hospitais públicos e privados em Ras al Ain e Tell Abiad fecharam suas portas na sexta-feira (11), deixando de atender vítimas dos bombardeios aéreos.

Além da falta de assistência médica, a ONU informou que cidadãos sírios que residem em Hasakeh estão sem água potável, já que o fornecimento de água e energia elétrica na região foi suspenso.

A ofensiva turca no Norte e Nordeste da Síria começou após a retirada das tropas norte-americanas da região, por determinação do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.

Na prática, os EUA abandonaram a própria sorte seus aliados curdos, que atuaram junto com os norte-americanos na luta contra o Estado Islâmico.

O presidente/ditador da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, aproveitou a saída dos norte-americanos para invadir a Síria e controlar a área fronteiriça entre os dois países.

Com informações das Agência France Presse e Reuters

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