Os violentos protestos que acontecem em todo o Iraque já causaram a morte de pelo menos 93 pessoas e deixaram outras 135 feridas. As autoridades determinaram o toque de recolher em todo o país, mas o mesmo já foi suspenso.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os manifestantes protestam contra a distribuição desigual de empregos, contra a falta de serviços básicos e, sobretudo, contra a corrupção do governo.
Os atos, que começaram na terça (1º de outubro) em Bagdá, se espalharam rapidamente para outras cidades iraquianas, principalmente no Sul do país.
As Forças de Segurança Iraquianas estão reprimindo com violência os protestos. As autoridades policiais locais afirmam que entre os manifestantes há atiradores.
Neste momento, o tráfego de veículos em Bagdá, capital do Iraque, encontra-se normal, e as ruas e praças da cidade estão vazias. Durante a semana, blocos de concreto foram erguidos em áreas onde houveram confrontos entre policiais e manifestantes.
Já o Alto Comissariado para os Direitos Humanos no Iraque informou que as Forças de Segurança prenderam centenas de manifestantes durante os atos, porém a maioria já foram liberadas pelas autoridades policiais.
Há relatos, ainda não oficialmente confirmados, de que franco-atiradores estão posicionados nos altos dos prédios atirando contra os manifestantes.
Policiais e membros das Forças de Segurança estão utilizando violência excessiva, além de gás lacrimogênio, canhões de água e balas de borracha.
Especialistas acreditam que esses são os protestos mais violentos no Iraque desde 2017. O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, que está no poder há menos de um ano, corre o risco de perder o cargo.
O Governo Iraquiano prometeu reformas genéricas, mas os manifestantes prometem prosseguir com os protestos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação sobre a repressão policial no Iraque. Os Estados Unidos (EUA) se mostram preocupado com o aumento da violência no país, mas por enquanto não pretendem enviar tropas.
Com informações das Agências Reuters e France Presse