Explosão em base militar da Rússia deixa 5 mortos e 8 feridos

A Rússia reconheceu na manhã deste sábado (10) que uma forte explosão atingiu uma de suas bases militares que fica localizada próxima ao Ártico, e que deixou cinco mortos e oito feridos. O incidente aconteceu na última quinta-feira (08), mas somente hoje foi oficialmente reconhecido pelas autoridades russas.

De acordo com informações das principais agências internacionais, a base militar russa armazenava armas nucleares, podendo ter havido vazamento de radioatividade. As autoridades russas informaram que na base eram feitos lançamentos de misseis, e que cinco funcionários morreram e outros sete tiveram queimaduras graves.

A Agência Nuclear da Rússia (Rosatom) informou que apesar do vazamento de radioatividade, não existem riscos as pessoas que residem nas proximidades e nem ao meio ambiente.

Uma forte explosão atingiu na quinta-feira (08) uma base militar russa no Ártico, deixando cinco mortos e oito feridos. – Foto: Liza Uskova/AP

As causas da explosão ainda são oficialmente desconhecidas, mas já estão sendo apuradas pelas autoridades russas. A Rosatom não informou se havia estoque de combustível nuclear na base militar, localizada em alto mar, em uma plataforma marítima.

As autoridades russas proibiram a Agência de Notícias Russa, a ‘TASS’, de divulgar informações sobre a explosão. Apenas o número de mortos e feridos pode ser revelado pela agência.

Acredita-se que vários funcionários russos foram lançados ao mar, motivo pelo qual navios russos permanecem nas imediações tentando encontrar possíveis sobreviventes.

Em nota divulgada à imprensa, o Ministério da Defesa da Rússia informou que a explosão aconteceu no exato momento em que técnicos testavam um motor de foguete a ergol líquido (propulsor). Dois técnicos russos morreram instantaneamente.

A Base Militar Russa que explodiu na quinta-feira (08) foi construída em 1954 e é especializada em testes de lançamento de mísseis da Marinha Russa.

O Exército Russo informou que houve um pequeno aumento de radiação na região, mas que não houve contaminação significativa. Já a prefeitura de Severodvinski, cidade de 190 mil habitantes, localizada a 30 km da base militar, informou que os detectores instalados ao redor da cidade registraram um “breve aumento da radioatividade”, mas que por enquanto não é necessário evacuar a população.

O representante da Defesa Civil da Rússia, Valetin Magomedov, declarou que o nível de radiação na região subiu para 2,0 microsieverts por hora durante 30 minutos, ou seja, bem acima do limite regulamentar de exposição, de 0,6 microsieverts por hora.

Testemunhas disseram que habitantes de Severodvinski, assim que souberam do ocorrido, entraram em pânico e muitos correram até as farmácias para comprar iodo ou produtos com este elemento químico.

Em 1986, uma explosão atingiu a Usina Nuclear de Chernobil, na Ucrânia, liberando uma grande nuvem de radiação que atingiu vários países. As autoridades da então União Soviética foram acusadas de terem ocultado durante semanas a dimensão do desastre, permitindo que milhares de pessoas fossem contaminadas.

Na época, a cidade de Pripyat, na Ucrânia, precisou ser esvaziada. Centenas de pessoas tiveram que deixar as pressas as suas casas e apartamentos, deixando para trás todos os seus pertences, incluindo documentos pessoais.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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