DataSafra permite acompanhar a evolução das safras de soja e milho safrinha em tempo real

Plataforma digital foi apresentada durante o TEA Brazil 2019

Foto: Divulgação

Ter na tela do computador, tablet ou smartphone a informação de que até o início de maio deste ano, a área plantada de milho safrinha no Mato Grosso era de exatos 4,8 milhões de hectares. Ou que a área plantada de soja da safra 2018/19 neste Estado foi de 9,1 milhões de hectares. Essa é a proposta do DataSafra, plataforma de monitoramento que facilita a análise comparativa de várias safras e foi apresentado por Izabel Cecarelli, presidente da Geoambiente durante o TEA Brazil 2019 – Fórum de Tecnologia na Agricultura, nesta quinta-feira (6), em São Paulo.

“O DataSafra detalha a evolução do plantio ao utilizar imagens de satélites e aplicar conceitos de Big Data e inteligência artificial, permitindo a tomada de decisão estratégica para fabricantes e distribuidores de insumos agrícolas, concessionárias de máquinas e implementos agrícolas, além de bancos e tradings”, explicou Izabel.

A plataforma inovadora possibilita transformar dados em indicadores, incluindo informações detalhadas por municípios e até por talhões. Em sua palestra, Izabel trouxe o exemplo de cidades que produziram na safra 2018-2019 entre 200 e 230 mil ha de soja que, apesar de manterem uma área plantada equivalente, apresentaram diferenças de comportamento, ou seja, períodos diversos de plantação, marcha de plantio e colheita. “Com isso, as empresas da cadeia do agronegócio podem realizar um melhor planejamento para suas equipes de vendas”, afirmou. “A plataforma permite, ainda, a integração com o sistema de CRM, o que significa analisar, em caso de um distribuidor de equipamentos, por exemplo, saber o tamanho da área plantada ou colhida com sua máquina ou de seu concorrente”, acrescentou.

No caso dos bancos e tradings, Izabel salientou que o DataSafra fornece gráficos e tabelas com históricos de produtividade das safras anteriores e o monitoramento da safra atual, do desempenho da lavoura e previsão sobre a colheita. “Com esses dados, as operações de barter ganham mais segurança, além de oferecer menor risco com consequente redução das despesas com fiscalização”, finalizou.

O TEA Brazil conta com uma programação ampla de palestras, ministradas por especialistas de instituições e empresas do setor. Além de Izabel, no painel Aumento da lucratividade com a transformação dos dados em indicadores e novas plataformas de comércio agrícola, participaram, Ricardo Inamasu, da Embrapa, Alex Santos, da Motorola, e Herlon Oliveira da Agrusdata. No período da tarde, o evento apresentou painéis sobre segurança das informações, agrotecnologia, melhoramento genético das sementes e tendências globais de armazenamento, máquinas, fertilizantes e gestão no campo.

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