Embaixador da Campo Grande Expo enaltece o agro como alavanca para crescimento do Brasil

“O que o mundo demanda o Brasil faz”, disse José Luiz Tejon Megido. O embaixador da Campo Grande Expo, que é um dos papas do agro brasileiro, falou sobre o agronegócio ser a alavanca de crescimento do país em sua palestra e no Painel de Líderes que aconteceu na tarde desta terça-feira (28), durante o evento que acontece na capital sul-mato-grossense. Para isso o Brasil precisa seguir a meta de dobrar o agronegócio em 5 anos.

Além de Tejon, o Painel de Líderes, com o tema “Desafio: Dobrar o agronegócio em 5 anos” contou com a participação de Charles Tang, presidente binacional da Câmara de Comércio Indústria, Rubens Hannun, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Cooperativa Lar, Alan Fernandes, presidente do banco Haitong e Maurício Saito, presidente da Famasul.

Para Tejon, a meta de dobrar o agronegócio brasileiro, que vale de US$ 400 bilhões a US$ 500 bilhões, é uma necessidade. Segundo ele, com a valorização do setor para US$ 1 trilhão, será possível fazer com que o PIB do Brasil cresça 4% ao ano, nos próximos 5 anos. “Tem mercado demandante pra isso e o agronegócio que tem as condições para que o Brasil possa crescer de maneira aceitável. O agronegócio é a alavanca do crescimento”, avalia.

A saída, diz o palestrante, é comover a liderança agroempresarial brasileira para que esta, por sua vez, comova o governo neste sentido. “Com planejamentos, cadeia produtiva, mercado internacional e local, com plano de negócio, com grande ênfase e suporte a uma política agroindustrial”, detalha.

A pergunta natural para que tal meta seja atingida é: como? Tejon explica que primeiramente é preciso haver objetivo e planejamento e então as adequações necessárias surgirão. “Tudo será decorrência de uma meta a ser perseguida, com possibilidade de ser atingida. O ‘como’ vem depois. Mas não uma série de ‘comos’, alguns importantes, alguns completamente não importantes, que fica se discutindo”.

Os participantes do painel reconheceram que o Brasil é o país que mais tem condições de responder às necessidades do mundo. Hannun lembrou que o comércio com os países árabes certamente irá aumentar e pode atender à toda população muçulmana.

Rodrigues mencionou a força da agroindústria, que gera empregos, mas cita que há desafios de infraestrutura a serem vencidos para alcançar o marco dos US$ 1 trilhão. Saito, por sua vez, atenta para a capacidade produtiva de Mato Grosso do Sul, mesmo com as questões de logística no escoamento.

“O Brasil aprendeu a produzir em ambiente tropical, o que ninguém sabia fazer até há pouco tempo atrás. O Brasil é o único país que tem condições de crescer tanto em sua base produtiva. Temos oportunidade de produtividade e muita área agricultável, sem precisar cortar uma árvore”, diz Tejon.

O jornalista aponta que o agronegócio no mundo é avaliado em US$ 20 trilhões e o que PIB do planeta gira em torno de US$ 90 trilhões. Ainda, o Brasil atualmente movimenta mais de US$ 400 bilhões. “A meta de US$ 1 trilhão é apenas participar de 5% do mercado mundial. Envolve criatividade, inovação, que as cadeias se reúnam e não briguem entre si, que a gente tenha objetivos de buscar mercados juntos”, finaliza Tejon.

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