Scheidt tem dia de superação na abertura da Semana Olímpica de Vela da França

Após fechar a primeira regata em 16º lugar, bicampeão olímpico melhora dez posições na disputa seguinte para cruzar a linha de chegada em 6º nesta segunda-feira (29), na cidade de Hyères

São Paulo (SP) – O primeiro dia de regatas na Semana Olímpica de Vela da França foi de recuperação para Robert Scheidt. Nesta segunda-feira (29), em Hyères, o bicampeão olímpico fez um 16º lugar na abertura das disputas. Em seguida, na segunda prova da programação, melhorou dez posições e cruzou a linha de chegada na 6ª colocação. A competição reúne 69 barcos e faz parte da preparação do brasileiro visando a vaga na Classe Laser da equipe nacional que vai disputar a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

Após o primeiro dia, Scheidt aparece na 16ª colocação na classificação geral, com 22 pontos perdidos. A liderança é de Sam Meech, da Nova Zelândia, vencedor das duas regatas, com apenas 2 pontos perdidos. “Foi um dia difícil, com vento de terra e fraco. Passamos muitas horas na água esperando o vento firmar. Larguei mal na primeira regata e tive que vir de trás na briga por posições, na segunda fui melhor. Cheguei a estar em quarto, mas dois barcos me ultrapassaram na última perna de popa”, explicou o velejador, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

Robert Scheidt (Arquivo)

A competição francesa prossegue nesta terça-feira (30), com mais duas regatas. E Robert Scheidt sabe muito bem em qual ponto deve concentrar sua atenção na luta para chegar ao pódio. “O ponto fundamental é melhorar um pouco mais as minhas largadas. Vou focar nisso a partir de amanhã (terça-feira) e espero evoluir para brigar por boas colocações em todas as disputas. Afinal, é a regularidade que pavimenta o caminho rumo às medalhas”, completou o velejador.

A Semana Olímpica de Vela em Hyères é a segunda grande competição de Scheidt em seu retorno à campanha olímpica na Classe Laser, após mais de dois anos. Seu retorno se deu no 50º Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha, encerrado dia 6 de abril. Na competição, Robert terminou em 12º lugar, a apenas 12 pontos da medal race. “Foi muito bom ter ido para Palma. Me fez evoluir bastante. Depois da competição na Espanha, também diz bons treinos em casa (no Lago Di Garda, na Itália)”, contou o maior medalhista olímpico da história do Brasil, com cinco pódios (dois ouros, duas pratas e um bronze).

Após a competição em Hyères, a programação de Scheidt na escalada rumo a Tóquio/2020 vai incluir mais treinos físicos e técnicos na Itália até julho, quando, a partir do dia 3, disputa o Campeonato Mundial na Classe Laser, que será na mesma raia onde serão realizadas as regatas da Olimpíada do Japão. Ele ainda deve voltar ao país asiático em agosto, para participar do evento teste dos Jogos.

Retorno à classe olímpica – O Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères são os primeiros grandes testes para Scheidt após decidir fazer campanha para a Olimpíada de Tóquio, em 2020, há pouco mais de três meses. O bicampeão olímpico busca a sexta medalha olímpica, a quarta na classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000). Se conseguir a classificação, Scheidt será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo.

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze: Londres/2012 (Star)

180 títulos – 88 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Paulista de Star.

Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

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