O cidadão italiano Cesare Battisti foi preso na noite de sábado (12/01) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e deportado na tarde deste domingo (13/01) para a Itália, onde cumprirá a pena de prisão perpétua por quatro assassinatos.
De acordo com informações das agências internacionais de notícias, Cesare Battisti chegou em Roma, capital da Itália, na manhã de hoje e foi imediatamente levado a uma delegacia de polícia, onde foi fichado. Após, ele foi encaminhado a uma prisão em Oristano, na Sardenha, onde ficará em isolamento por aproximadamente seis meses.
Cesare Battisti foi condenado a prisão perpétua pelos assassinatos de quatro pessoas ocorridos na década de 1970. Ele nega os crimes e diz que é um perseguido político. O julgamento foi à revelia, porque ele havia fugido do país.
Battisti primeiramente se refugiou no México e, depois, na França. Chegou ao Brasil em 2004, tendo sido preso novamente em março de 2007 a pedido do Governo da Itália, que solicitou sua extradição.
O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Cesare Battisti o status de refugiado político, impedindo dessa forma sua extradição para a Itália.
Em 2009, o governo italiano voltou a solicitar sua extradição, tendo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliado que o pedido era procedente, mas que a última palavra deveria ser do então presidente da República do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva.
No último dia de mandato, o presidente Lula concedeu asilo político a Cesare Battisti e negou sua extradição.
Em 1017, a Itália voltou a pedir a extradição de Battisti as autoridades brasileiras. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu no fim de 2018, que o STF priorizasse o julgamento que poderia resultar na extradição imediata do italiano.
O ministro do STF, Luiz Fux, determinou a prisão do italiano Cesare Battisti, mas este fugiu novamente e tentou se refugiar na Bolívia, onde entrou ilegalmente.
Com informações das Agências Reuters, France Presse, Estado e Agência Brasil