Atentado a bomba deixa mortos e feridos em Trípoli, capita da Líbia

Um ataque terrorista ocorrido na manhã desta terça-feira (25/12) em Trípoli, capital da Líbia, causou a morte de pelo menos três pessoas e deixou outras 10 feridas. Até o momento o atentado não foi reivindicado por nenhum grupo radical.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, um grupo fortemente armado invadiu o prédio do Ministério das Relações Exteriores, tendo um dos suspeitos detonado a bomba que trazia amarrada ao próprio corpo.

Atentado a bomba deixa 3 mortos e 10 feridos em Trípoli, capital da Líbia – Foto: Mahmud Turkia/AFP

Testemunhas disseram que logo após a explosão os demais suspeitos sacaram as armas e atiraram contra as pessoas que, em pânico, saíram correndo em direção as portas.

Em nota divulgada à imprensa, a chancelaria Líbia disse que o ataque suicida teria sido praticado por pelo menos sete suspeitos, e que entre os mortos está um diplomata líbio, que ainda não identificado. As identidades das demais vítimas não foram reveladas.

Forças de Segurança, policiais e equipes de resgate foram mobilizadas e enviadas ao local que foi isolado e cercado. Várias ruas próximas ao prédio foram interditadas.

O porta-voz das Forças Especiais de Segurança, Tarak al-Dawass, disse em entrevista coletiva, que muito provavelmente o atentado pode ter sido praticado pelo Estado Islâmico (EI).

Ele assinalou que um carro-bomba teria explodido em frente ao prédio do ministério. A informação, no entanto, não foi oficialmente confirmada pelas autoridades líbias.

Há relatos de que houve intensa troca de tiros entre membros das forças de segurança e terroristas. O homem-bomba teria detonado os explosivos no segundo andar do prédio, provocando um incêndio.

Outro suspeito chegou ao local carregando uma maleta, mas a mesma explodiu antes que ele entrasse no prédio.

Jornalistas da TV do Governo de União Nacional (GNA) informaram que vários terroristas teriam morrido no atentado, mas não especificaram a quantidade.

Analistas internacionais, ouvidos pela equipe de reportagem, disseram que a Líbia se encontra atualmente mergulhada no caos, desde a derrubada do regime do líder Muamar Khadafi, morto em 2011. O país está sendo governado por dois grupos rivais, o GNA, com base em Trípoli, reconhecido pela comunidade internacional, e um governo paralelo, sediado no Leste do país, e apoiado pelo Exército Nacional Líbio (ANL).

O caos e as divisões causadas pelas lutas de poder e, sobretudo pela insegurança institucional, facilitaram a entrada de jihadistas do Estado Islâmico (EI), da Al-Qaeda, e do Talibã, que vem realizando uma série de ataques.

Uma conferência internacional sobre a Líbia foi realizada em novembro passado na Itália, mas o boicote do Marechal Haftar, no ANL, fez com que não houvesse acordo para um cessar-fogo imediato.

Por outro lado, os países europeus tem se preocupado com a atuação dos jihadistas da Líbia, que estão expulsando milhares de pessoas de seus lares, provocando uma onda gigantesca de imigrantes em busca de novos lugares para residirem.

Muitos desses imigrantes deixam a costa da Líbia e seguem em direção a Europa, mais precisamente em direção a Itália e a Grécia.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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