Robert Scheidt conquista o título sul-americano da classe Star no Rio de Janeiro

Bicampeão olímpico venceu a primeira regata e foi vice na segunda disputa deste domingo (11) para sair da quarta colocação na classificação geral para o lugar mais alto do pódio. Mas a conquista só veio no critério de desempate com Lars Grael

São Paulo (SP) – Robert Scheidt é campeão sul-americano da classe Star 2018. E foi com emoção. Em parceria com o proeiro Arthur Lopes, o bicampeão olímpico venceu a primeira regata deste domingo (11), no Iate Clube do Rio de Janeiro, para, na sequência, cruzar em segundo na última prova da competição. Com isso, saiu do quarto lugar na classificação geral, com 20 pontos perdidos, para a liderança, com 14, após os descartes. Contudo, a dupla Lars Grael/Samuel Gonçalves obteve os mesmos resultados no último dia da competição, mas invertidos – segundo e primeiro lugares – e chegou a mesma pontuação. O título foi decidido apenas no terceiro critério de desempate. Estavam iguais em número de vitórias (duas) e segundos lugares (um). A terceira posição obtida no sábado (10), deu a taça a Scheidt/Lopes.

Robert Scheidt e Arthur Lopes (@José Olímpio.com / ICRJ / Divulgação)

“Foi um domingo bom no Rio de Janeiro, com vento forte e sol. Honestamente, para mim é inacreditável conquistar esse título. Começamos o dia distantes do primeiro lugar e eu acreditava mais na possibilidade de um pódio. Mas foi um dia bem velejado. Estou feliz e surpreso por virar o jogo nas últimas regatas. E foi a primeira vitória importante com o Arthur Lopes. Havíamos ganho o Campeonato Paulista, mas vencer o Sul-Americano é importante para a gente”, comentou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, e que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

A conquista do título estadual da classe Star da parceria Scheidt/Lopes foi em abril, no Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo. As águas cariocas trazem boas lembranças para Robert. Há um ano, ele ganhava a Taça Royal Thames, competição disputada no Iate Clube do Rio de Janeiro. Na época, seu proeiro era Henry Boenning, o Maguila. Antes de iniciar o sul-americano 2018, o bicampeão olímpico aproveitou o tempo livre para treinar com Boenning, com quem fará dupla na final da Star Sailors League, em dezembro, nas Bahamas.

Scheidt e Lopes em ação (@José Olímpio.com / ICRJ / Divulgação)

O tempo não ajudou os velejadores no Rio de Janeiro nos primeiros dias do sul-americano. No primeiro dia, na quinta-feira (8), as regatas foram canceladas por falta de vento. Na sexta, apesar de as condições meteorológicas continuarem difíceis, foram três provas. Scheidt e Lopes foram melhorando o desempenho ao longo do dia. Começaram com um nono lugar, subiram para sétimo na prova seguinte e terminaram cruzando a linha de chegada na liderança na última regata. No sábado, mantiveram a regularidade com um terceiro lugar e, domingo, apresentaram o melhor desempenho com mais uma vitória e um vice na prova final.

O Brasil dominou o Campeonato Sul-Americano do Rio de Janeiro, que contou ainda com competidores da Europa. Entre os 20 barcos participantes, 16 competiram sob a bandeira verde-amarela, dois eram argentinos, um italiano e um holandês. No pódio, Robert Scheidt/Arthur Lopes e Lars Grael/Samuel Gonçalves tiveram a companhia de Jorginho Zarif/Ubiratan Matos. No geral, os oito primeiros colocados foram brasileiros.

Scheidt na primeira regata deste domingo (@José Olímpio.com / ICRJ / Divulgação)

Focado nas Bahamas – Scheidt competiu no Rio de Janeiro concentrado em elevar seu nível de velejada visando a disputa da SSL Finals, em dezembro, nas Bahamas. Para essa competição, volta a formar dupla como Henry Boenning, com quem conquistou o vice-campeonato em 2017. “O Maguila competiu com o Dino Pascolato no Sul-Americano (terminou em sétimo lugar). Voltaremos a velejar juntos na final da Star Sailors League e, por isso, aproveitamos para fazer alguns treinos antes das regatas começarem”, contou Robert.

Carreira vitoriosa – Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2016, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze: Londres/2012 (Star)

180 títulos – 88 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Paulista de Star.

Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star

– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
Mais informações:

Site: www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt

Facebook: Robert Scheidt

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