Cenário regulatório confuso prejudica os biodefensivos e biofertilzantes

Biossoluções enfrentam o desafio da ausência de legislações específicas para o registro de seus produtos.

Dirigentes de entidades representativas das indústrias de biodefensivos e biofertilizantes disseram, em evento realizado na última semana [12 de setembro] em São Paulo (SP), que a despeito do crescimento observado nos últimos anos, ambos os setores ainda enfrentam o desafio de não terem legislações específicas para o registro de seus produtos.

Esta situação, segundo eles, prejudica, por exemplo, a percepção do mercado, especialmente dos produtores rurais sobre a profissionalização dos fabricantes destes setores.

Os biodefensivos têm como matérias-primas microrganismos, como bactérias, fungos, vírus e parasitas, além de insetos e predadores naturais de pragas. Já os biofertilizantes podem ser produzidos a partir de dejetos de animais, resíduos, como, por exemplo, a vinhaça da cana-de-açúcar, algas marinhas, etc…

De acordo com Gustavo Hermann, da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), e Marcelo Santos, da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), tanto os biodefensivos quanto os biofertilizantes estão sob o guarda-chuva das leis de agroquímicos e/ou fertilizantes convencionais, o que que naturalmente cria um quadro de confusão regulatória para ambas as biossoluções.

Segundo os dirigentes, este cenário é mais um entrave para o convencimento do produtor acerca da segurança, qualidade e eficácia do uso destes produtos. “No caso dos biodefensivos, de cada dez produtores, apenas um utiliza”, diz Hermman. Ambas as entidades afirmam que trabalham para consolidação de um ambiente regulatório mais claro para os biodefensivos e os biofertilizantes.

Fonte: Universo Agro

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