Um forte terremoto de magnitude de 6,7 graus na Escala Richter atingiu entre a noite desta quarta-feira (05/09) e a madrugada desta quinta-feira (06/09) a Ilha de Hokkaido, no Norte do Japão, causando a morte de 9 pessoas, deixando outras 150 feridas e fazendo com que 40 ficassem desparecidas.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, citando como fonte o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS – sigla em inglês), o abalo sísmico foi registrado a 112 km ao Sul da cidade de Sapporo e a uma profundidade de 39 km. Abalos secundários de magnitude de 5,3 graus na Escala Richter foram sentidos por moradores.
As autoridades japonesas informaram agora a pouco que o fornecimento de energia elétrica foi suspendo em várias cidades, afetando cerca de 2,95 milhões de residências.
O terremoto acontece dois dias depois da devastação causada por um tufão, que atingiu a região provocando sérios danos a infraestrutura e causando vítimas, entre mortos, feridos, desabrigados e desaparecidos.
A Agência Meteorológica do Japão informou que uma leve elevação do mar nas zonas costeiras foi percebida, mas que não existe risco de tsunamais.
O terremoto provocou cerca de quatro deslizamentos de terra na Ilha de Hokkaido, tendo um deles soterrado uma casa na província de Atsuma, causando a morte de duas pessoas.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram árvores arrancadas pela raiz, casas soterradas, veículos destruídos e centenas de desabrigados.
O porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, informou que as equipes de resgate já foram mobilizadas e enviadas para as regiões mais atingidas. A prioridade é socorrer os feridos e resgatar os corpos das vítimas fatais.
Policiais e bombeiros, com a ajuda de helicópteros, estão resgatando pessoas que ficaram presas em localidades onde as estradas foram destruídas e/ou soterradas.
Ao todo, 4 mil militares do Exército foram mobilizados para ajudar no resgate das vítimas. O número deve ser ampliado para 25 mil militares nesta sexta-feira (07/09).
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, montou um gabinete de crise para avaliar a situação e estabelecer formas de como ajudar as vítimas. Os desabrigados estão sendo levados para abrigos públicos e/ou estão recebendo barracas e cobertores.
O terremoto afetou também os sistemas de transportes na região, principalmente os ferroviários e aéreos. O Aeroporto de Sapporo Chitose foi fechado e todos os voos foram cancelados.
O encarregado pelo monitoramento de terremotos e tsunamis da Agência Meteorológica do Japão, Toshiyuki Matsumori, disse em entrevista coletiva, que novos tremores de terra podem ocorrer a qualquer momento, e alertou aos moradores de áreas de risco, como o litoral do país, que deixem imediatamente essas áreas.
Com informações das Agências France Presse Reuters e NHK