A Guarda Costeira de Malta resgatou na manhã desta quarta-feira (22/08) cerca de 100 imigrantes que estavam em uma embarcação que estava à deriva a poucos metros de distância do litoral. Dois corpos também foram resgatados.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a embarcação já estava cheia de água, podendo afundar a qualquer momento. O barco foi localizado a cerca de 68 milhas náuticas ao Sul da Ilha de Malta.
O Governo de Malta respondeu às acusações da Itália sobre o acolhimento de imigrantes que chegam ao país, afirmando que se trata de ajuda humanitária.
Os 100 sobreviventes resgatados foram transportados para Valleta, aonde permanecem internados em hospitais e em acampamentos improvisados.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, disse através de um comunicado que Malta não cumpriu a promessa de acolher apenas 50 dos mais de 450 imigrantes que chegaram a Costa Italiana há cerca de cinco semanas.
Já as autoridades de Malta afirmam que a Guarda Costeira Italiana não está cumprindo o acordo firmado entre os dois países.
“As autoridades maltesas se comprometeram a cumprir o seu compromisso tão rapidamente quanto possível, mas, infelizmente, as autoridades italianas não forneceram qualquer procedimento concreto” para estes 50 imigrantes”, diz o comunicado de Malta.
“Por outro lado, o governo maltês assinala que, infelizmente, a Itália não cumpriu as suas obrigações relativas ao mecanismo de partilha (implementado) por iniciativa de Malta no momento do desembarque, em 27 de junho, (em Malta) de migrantes que estavam a bordo do ‘Lifeline’“.
O navio ‘Lifeline’, pertencente a uma Organização Não-Governamental (ONG) alemã, com mais de 299 imigrantes a bordo, foi autorizado a atracar em Valletta no dia 27 de junho, após o compromisso de vários países europeus, incluindo a Itália, de assumir parte desses imigrantes.
Com informações das Agências France Presse e Reuters