Pantalhaços começa com duas apresentações e tem sucesso de público

Palhaço Purunga e Pepe Nuñez se apresentaram no primeiro dia da mostra que vai até o dia 25

Na comunidade Tia Eva foi dado o início das apresentações da sexta edição da Pantalhaços – Mostra de Palhaços do Pantanal. Por lá, na tarde de quinta-feira (19), se apresentou o palhaço Purunga, que veio do estado de São Paulo com o espetáculo Pequenas Coisas Espetaculares. À noite foi a vez do palhaço espanhol Pepe Nuñez com o espetáculo Bom Apetite na Orla Morena. A Pantalhaços segue com espetáculos e oficinas até o dia 25. O evento conta com recurso do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais.

Desde o início de sua apresentação Purunga encantou os moradores que foram até o Salão Social de São Benedito, na Tia Eva, principalmente os mais pequenos que acompanhavam cada número do palhaço sem perder a atenção. “Eu gostei muito, achei ele muito divertido. Nunca tinha visto um palhaço por aqui”, afirmou Ingrid Rodrigues, de 8 anos.

Foto: Larissa Pulcherio

Purunga ressalta a importância da descentralização da arte para regiões periféricas das cidades. “É muito importante estarmos na rua e em bairros afastados do centro da cidade, pois aqui tem muitas pessoas que não tem acesso ao teatro, esse está sendo o diferencial da Pantalhaços”, reflete Tiago Oliveira Dantas, que dá vida a Purunga.

No início da noite, já na Orla Morena, aconteceu a Palhasseata, um cortejo que reuniu diversos palhaços que fizeram a festa num percurso de duas quadras até o Teatro de Arena da Orla Morena.

Finalizada a Palhasseata começou o espetáculo Bom Apetite com Pepe Nuñez. O palhaço interage a todo momento com a plateia, que lotou as arquibancadas do Teatro de Arena da Orla – cerca de mil pessoas acompanharam a apresentação.

Foto: Larissa Pulcherio

O riso rolou solto, tanto das crianças quanto dos adultos. Para a educadora física Faviana Cavagnolli e o advogado Fabio Gilberto Gonzales, que estavam com o filho João Gilberto de 2 anos, a palhaçaria é atemporal. “Ele fez todo mundo rir aqui, além de fazer meu filho ficar quieto com os olhos vidrados nele durante uma hora. Isso é muito difícil”, brincou a mãe.

Pepe estava se sentindo em casa. Ele começou sua carreira de palhaço fazendo apresentações na rua. “É muito importante fazer o palhaço na rua porque é o lugar mais democrático, aberto e mais possibilidades de atingir um público novo. Na rua o tom de energia tem que ser mais elevado, não há tempo de trabalhar sutilezas, pequenos detalhes, o trabalho vira festivo. Perde um pouco da poética e do lirismo, mas ganha no coletivo, e isso é muito bom”, pontua.

Hoje a Pantalhaços continua com os espetáculos 100 Virtuose 2.0, no Ceinf Cordeirinho de Jesus, no José Abrão, a partir das 15h, e o Picadeiro Mágico do Top Circo na av. Manoel da Costa Lima.

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