Violentos protestos ocorridos neste domingo (22/04) em várias cidades da Nicarágua causou a morte de pelo menos 30 pessoas e deixou mais de 120 feridas. As manifestações são contra a reforma da previdência, promovida pelo presidente Daniel Ortega.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os protestos tiveram início na última quarta-feira (18/04) e começaram de forma pacífica, porém se intensificaram com a chegada de policiais fortemente armados.
O Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh) informou que o número de vítimas fatais e de feridos pode aumentar nas próximas horas, porque os seus funcionários estão tendo dificuldades para estabelecer o número exato de vítimas.
Os manifestantes pedem a retirada do Projeto de Lei, enviado ao Congresso, que muda as regras da aposentadoria e da liberação de pensões de trabalhadores.
Juristas nicaraguenses, ouvidos pela equipe de reportagem, afirmam que o presidente Daniel Ortega está sofrendo muita pressão, tanto dos manifestantes quanto dos partidários, porque a onda de protestos já se espalhou por todo o país, e caso ele não consiga aprovar o Projeto de Lei que muda as regras de aposentadorias e de pensões, poderá ocorrer o colapso das finanças públicas no país.
Desde a última quarta-feira (18/04) que manifestantes ocupam as principais ruas de Managua, capital do país, protestando contra a elevação das contribuições pagas ao INSS (Instituto Nicaraguense de Segurança Social) e a redução pagas pelo governo das pensões.
Os manifestantes rejeitam a elevação das contrições e a redução no valor das pensões, introduzidas pelo governo no Sistema da Previdência do país a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na manhã deste domingo (22/04), o Papa Francisco disse estar muito “preocupado” com a situação na Nicarágua e pediu aos fiéis na Praça de São Pedro que rezassem pelo fim da violência no país centro-americano.
“Manifesto minha proximidade na oração a esse amado país e faço uma chamada para que acabem com toda essa violência, evitem um inútil derramamento de sangue e resolvam pacificamente as questões abertas“, afirmou o pontífice.
Com informações das Agências Reuters e France Presse