O Pantanal é, sem dúvida, o ecossistema mais protegido no Brasil”, afirma Mauricio Saito em audiência pública

Presidente do Sistema Famasul destacou como a atuação do homem pantaneiro preserva o ecossistema

Maurício Saito, presidente do Sistema Famasul – Foto: João Carlos Castro

O presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, participou da audiência pública realizada, nessa segunda-feira (16), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, organizada para discutir os principais pontos do Projeto de Lei 750/2011, que define as regras para a gestão e proteção do Pantanal.

Mauricio Saito enfatizou como a atuação do produtor rural pantaneiro promove a conservação da planície. “Conforme dados da Embrapa, 86% do bioma Pantanal está preservado, sendo que, do total, 90% da área é de responsabilidade da iniciativa privada. Os pantaneiros, com 270 anos de história, conciliam preservação com a pecuária específica da região. A viabilidade econômica da atividade é o que dá sustentação à conservação ambiental”, salientando ainda: “O Pantanal é, de longe, o ecossistema mais protegido no Brasil”.

O presidente da Famasul também reforçou o trabalho da comunidade científica para o desenvolvimento sustentável rural. “A adesão às novas tecnologias por parte dos produtores sul-mato-grossenses deve-se ao respeito que a ciência tem em relação à particularidade do Pantanal. Sem a participação conjunta e a troca de experiência entre a iniciativa privada, o homem pantaneiro e os pesquisadores, não teríamos o uso de tecnologias que ajudam o produtor na preservação”.

Mauricio Saito entregou ao senador, Pedro Chaves, um documento com propostas, ações e informações sobre o setor produtivo.

O senador e relator do Projeto de Lei, Pedro Chaves, destacou que é preciso aproveitar as potencialidades econômicas e sociais deste patrimônio natural, mantendo o cuidado ambiental. “O Pantanal, objeto maior dessa audiência, é uma das maiores e importantes reservas ambientais”.

“Nosso objetivo é colher sugestões de aperfeiçoamento do texto e incorporá-las nessa última etapa de tramitação no Senado federal, vamos incluir todos os subsídios para o projeto ficar equilibrado”, destacou Chaves.

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi, salientou a importância de se ter inciativas assertivas para a região. “O olhar tem que ser visto pelo homem pantaneiro, que ajudou realmente, nesses mais de cem anos, a preservar o ecossistema que nós temos”.

Para o secretário da Semagro, Jaime Verruck, o projeto beneficia muito do que precisa ser feito no estado. “É uma grande oportunidade para trazer desenvolvimento sustentável do Pantanal”.

O Superintendente Federal de Agricultura do Estado (SFA/MS), Celso Martins, afirmou que as regras em relação ao bioma têm que ser pensadas de forma exclusiva. “Não podemos rotular o Pantanal… Esse projeto tem que contemplar essa realidade”.

Em seguida, o diretor técnico do Sistema Famasul, Renato Roscoe, apresentou, na audiência pública, números que retratam a realidade local: “Por uma atitude dos empresários rurais locais, temos uma área economicamente produtiva e altamente conservada. São 11 municípios, com 300 mil habitantes, onde o rebanho corresponde a 25% do efetivo de Mato Grosso do Sul, sendo um importante fornecedor de bezerros para toda a cadeia produtiva”.

Roscoe falou da importância nacional da cultura pantaneira. “A cultura pantaneira e a preservação do meio ambiente são os insumos do turismo do Pantanal sul-mato-grossense”.

O projeto de Lei 750/2011 cria a Política de Gestão e Proteção do Bioma Pantanal, situado em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A finalidade é reduzir impactos ao meio ambiente e proteger a fauna e a flora da planície alagável do Rio Paraguai, no Pantanal brasileiro.

Participaram da audiência, o diretor tesoureiro do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes; o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke; o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan; o promotor de Justiça e Assessor do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos (ABPO), Leonardo Leite Barros; o presidente do Movimento Nacional dos Produtores (MNP), Rafael Gratão.

A audiência pública também registrou a presença da advogada, Luana Ruiz, da Comissão de Assuntos Agrários da OAB; das consultoras técnicas do Sistema Famasul, Danielle Coelho e Ana Beatriz Paiva; do produtor rural Helder Höfig, da Agropecuária AH; do diretor-presidente do Imasul, Ricardo Eboli; do chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Antonio Ferreira de Lara; do deputado estadual Felipe Orro; do reitor da UFMS, Marcelo Turini; e do diretor executivo do Instituto SOS Pantanal, Felipe Dias.

Representatividade rural – Participaram do evento, os presidentes dos sindicatos rurais: de Aquidauana, Frederico Borges Stela; de Bandeirantes, João Nelson Lírio; de Corumbá, Luciano Leite; de Água Clara, Moacyr Reis; e o vice-presidente do Sindicato Rural de Bonito, Marcelo Bertoni.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul

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