Aprovado projeto de Amarildo Cruz que homenageia poetas e poesias em MS

Manoel de Barros – Foto: Arquivo da Família

Por unanimidade, os deputados estaduais aprovaram hoje (20) em segunda votação, o projeto do deputado Amarildo Cruz (PT), que institui o Dia do Poeta e da Poesia em Mato Grosso do Sul. A data escolhida, 19 de dezembro, que deverá fazer parte do Calendário Cívico e Cultural do Estado referência o nascimento do poeta Manoel de Barros, que ontem completaria 101 anos de idade.

Segundo o autor do projeto, a homenagem foi sugerida pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) e pela UBE-MS (União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul), entendendo que o escritor pantaneiro é uma das referências da literatura no Brasil e o nome mais notável da história da escrita em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

“Manoel de Barros apresentou aos leitores um estilo único na poesia, onde os elementos, para muitos, mais simplórios ganhavam asas e destaque na escrita. A homenagem é mais que merecida para o autor que, por décadas, levou o Pantanal e Mato Grosso do Sul para o Brasil e mundo”, disse o parlamentar.

Para Amarildo Cruz, a criação do Dia do Poeta e da Poesia de Mato Grosso Sul é um justo reconhecimento a todos os poetas da história do Brasil, que influenciaram e influenciam escritores da nova geração da literatura brasileira.

Manoel de Barros – O poeta Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em 19 de dezembro de 1916, em Cuiabá (MT). Em 1941, formou-se em Direito na Faculdade do Rio de Janeiro e, na década de 1960, mudou-se para Campo Grande, consagrando-se como poeta nas décadas de 1980 e 1990. Publicou o primeiro livro de poesias em 1937, intitulado Poemas Concebidos sem Pecados, e não parou mais.

Reconhecida internacionalmente, a produção literária do “poeta das miudezas” reúne mais de 20 livros, entre eles Face Imóvel (1942), Poesias (1946), Compêndio Para Uso dos Pássaros (1961), Gramática Expositiva do Chão (1969), Matéria de Poesia (1974), O Guardador de Águas (1989), Livro Sobre Nada (1996), Retrato do Artista Quando Coisa (1998), O Fazedor de Amanhecer (2001), e Portas de Pedro Vieira (2013). Em seus últimos anos de vida passou a residir na região central de Campo Grande, onde faleceu no dia 13 de novembro de 2014, aos 97 anos.

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