Ataque em Jerusalém deixa pelo menos 5 mortos e 3 feridos

Policiais e soldados do Exército reforçam a segurança na Cidade Velha de Jerusalém, após o ataque ocorrido nesta sexta-feira (14/07) – Foto: Thomas Coex / AFP

Um ataque ocorrido na manhã desta sexta-feira (14/07), por volta das 07h20min (horário local), próximo a Porta dos Leões, uma das entradas da Cidade Velha de Jerusalém, na Palestina/Israel, causou a morte de cinco pessoas, sendo dois policiais israelenses e três palestinos. As motivações do ataque ainda são desconhecidas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o ataque foi praticado por três jovens palestinos, que armados com faca e armas de fogo, atiraram contra os policiais israelenses. Um dos agentes ficou ferido no ataque e solicitou, via rádio, reforço policial.

Policiais e membros da Força de Segurança chegaram rapidamente ao local, que foi isolado e cercado. Houve perseguição e troca de tiros, tendo os três suspeitos sido baleados e mortos.

No momento do ataque a região estava com vários turistas, que assustados, saíram correndo. Apesar do susto, não há registro de vítimas entre os civis que estavam no local.

O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, disse em entrevista coletiva, que os três suspeitos palestinos atiraram contra os policiais, que revidaram. “Os três terroristas [palestinos] estavam armados, tendo sido baleados e mortos durante o confronto”.

Policiais israelenses examinaram na manhã desta sexta-feira (14/07) uma área de Jerusalém onde ocorreu um ataque que resultou na morte de cinco pessoas – Foto: Ahmad Gharabli / AFP Photo

Já o presidente de Israel, Reuven Rivlin, disse em nota divulgada à imprensa, que “os policiais israelenses haviam se colocados na frente dos atacantes, impedindo dessa forma que civis fossem baleados, evitando uma tragédia ainda maior”.

Os agressores palestinos estavam carregando facas, uma pistola e duas metralhadoras modelo Carl Gustav. Todas as armas foram apreendidas e serão minuciosamente analisadas.

Testemunhas disseram que três pessoas, provavelmente civis, foram baleadas, mas que todas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da região. Dois dos feridos encontram-se em estado grave e o outro ficou levemente ferida.

A informação, no entanto, não foi oficialmente confirmada pelas autoridades israelenses.

Mulçumanos rezaram na manhã desta sexta-feira (14/07) próximos aos muros de Jerusalém, depois do ataque e do fechamento da Mesquita de Al-Aqsa – Foto: Gali Tibbon / AFP

As identidades dos dois policiais israelenses mortos foram divulgadas agora a pouco, trata-se de Hail Satawi, de 30 anos, e Kamil Shanan, de 22 anos. Ambos faziam parte de uma minoria árabe drusa de Israel, muito presente no Exército e na polícia israelense.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o ataque. Ele telefonou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e expressou suas condolências.

Já os membros do movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, saudaram o ataque.

“A operação é uma evidência de que nossa gente está pronta para sacrificar seu próprio sangue pela mesma mesquita de Al Aqsa“, disse Hazem Qasem, porta-voz do Grupo Hamas em Gaza.

Por causa do ataque, as autoridades israelenses determinaram o fechamento de todos os pontos turísticos de Jerusalém, incluindo o Monte do Templo. Os mulçumanos foram impedidos hoje de entrar na Mesquita de Al-Aqsa para as tradicionais orações de sexta-feira.

Com informações das Agências France Presse, Reuters e EFE