França deixará de vender carros movidos a diesel e gasolina até 2040

País detalha planos para atingir os objetivos do acordo internacional de Paris

Chevrolet Bolt (Foto: Divulgação)

Chevrolet Bolt (Foto: Divulgação)

A França anunciou hoje (6) que não venderá mais veículos movidos a diesel ou a gasolina até 2040 como parte de um plano para atingir os objetivos do acordo internacional de Paris contra as mudanças climáticas. “Anunciamos o fim da venda de veículos a gasolina e diesel para 2040 “, declarou o novo ministro de Ecologia, Nicolas Hulot, ao apresentar o “plano clima” do governo.

Hulot admitiu que a meta anunciada será “árdua”, especialmente para os fabricantes. Trata-se de uma “verdadeira revolução”, mas “as condições” para isso “estão reunidas”, acrescentou. “Nossos próprios fabricantes (de automóveis) têm como alimentar e encarnar esta promessa, (…) que é também uma questão de saúde pública”, acrescentou. A França fabrica o carro 100% elétrico mais vendido na Europa, o Renault Zoe, que ultrapassa por pouco as vendas do Mitsubishi Outlander PHEV e do Nissan Leaf.

Renault ZOE (Foto: Divulgação)

Renault ZOE (Foto: Divulgação)

A fabricante sueca Volvo Cars anunciou essa semana que a partir de 2019 lançará apenas modelos elétricos ou híbridos, sendo a primeira a prometer o “final histórico” dos veículos equipados apenas com motor de combustão. Hulot citou o caso da Volvo ao fazer seu anúncio, que faz parte de um plano para que a França seja um país “neutro” em emissões de dióxido de carbono em 2050.

Hulot é um ativista ambiental veterano, e sua nomeação pelo presidente Emmanuel Macron foi interpretada como um sinal animador para a luta contra as mudanças climáticas.

Vários países anunciaram querer reduzir drasticamente o número de carros altamente poluentes nas estradas em favor de híbridos e elétricos, mas até agora poucos elaboraram promessas concretas. “Nos interessa estar entre os pioneiros. Quanto antes investirmos, antes contaremos com a tecnologia adequada e estaremos melhor situados na esfera industrial e trabalhista”, disse à rádio francesa France Info o responsável do World Wildlife França, Pascal Canfin, saudando o anúncio de Hulot.

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