“Nosso maior desafio é reduzir o déficit da produção de hortifrúti em MS”, afirma especialista do Senar/MS

Coordenador do Programa Hortifrúti Legal falou sobre a realidade do seguimento em evento voltado à gastronomia.

Foto: Divulgação

“O mundo precisa e vai precisar sempre de alimentos”. Essa é frase que norteou a palestra do coordenador do programa da ATeG – Assistência Técnica e Gerencial – Hortifrúti Legal, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Francisco Paredes, no 1º Simpósio de Gastronomia, realizado pela Uniderp Agrárias.

Segundo o palestrante, até 2020 a demanda mundial de alimentos vai aumentar em 280 milhões de toneladas. Para atender a esse consumo, o Brasil terá que ampliar a produção em 40%.

O engenheiro agrônomo do Sistema Famasul, que também coordena a Câmara Setorial de Horticultura de Mato Grosso do Sul, apresentou a realidade e as perspectiva da produção de hortifrutigranjeiros no Estado durante o evento. “Não temos a tradição de produzir esses alimentos, mas estamos caminhamos a passos largos. O importante é que tem produtor querendo crescer e estamos aqui para apoiá-los”, destaca Paredes sobre o trabalho do ATeG Hortifrúti Legal.

Atualmente, o programa atende 384 propriedades em 21 municípios do Estado, por meio do trabalho de 15 técnicos de campo. Em Campo Grande, são 43 produtores atendidos que recebem mensalmente a visita dos técnicos de campo do Senar/MS e toda a assistência técnica e gerencial no período de dois anos. De janeiro a dezembro de 2016, foram comercializados cerca de R$ 3 milhões em vegetais, verduras e frutas, sendo que a produção vem sendo absorvida por redes de supermercados, fábricas, restaurantes e feiras livres. Os alimentos mais comercializados foram: milho, mandioca, alface, banana e tomate.

Campo Grande, Terenos, Jaraguari, Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti são os municípios que mais ofertam produtos para a Ceasa MS – Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul, o que corresponde a, apenas, 14% do que é comercializado no local. A fatia de 86% representa o quanto a Ceasa importa de outros Estados para atender o consumo no Estado, como São Paulo, por exemplo, que é o maior abastecedor da empresa.

Paredes explica que muitos fatores colaboram para esse cenário. O alto custo da produção pela escassez de tecnologia, carência de assistência no combate a pragas e doenças, a produção segmentada – produtor produzindo um único alimento em determinada época, e a falta de conhecimento, são obstáculos a serem superados para o fortalecimento da produtividade hortifrúti local. “Nosso maior desafio é reduzir o déficit da produção de hortifrúti em Mato Grosso do Sul. Com o ATeG traçamos objetivos estratégicos organizar e estruturar grupos produtivos visando aumentar a produtividade, qualidade, regularidade e comercialização. Para isso temos que capacitar produtores e trabalhadores por meio dos cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social”, enfatiza.

Serviço – Os produtores que tem interesse em receber a assistência técnica e gerencial (ATeG) do SENAR/MS, deve entrar em contato com o sindicato rural do seu município. Vale lembrar que tanto as capacitações quanto a assistência são totalmente gratuitas. Mais informações sobre o ATeG Hortifrúti Legal do Senar/MS podem ser obtidas pelo telefone: (67) 3320-6916.

Fonte: Assessoria de Comunicação Senar/MS

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