Estratégias para melhor produtividade da soja são apresentadas por pesquisadores da Fundação MS

Resultados de Pesquisas da instituição foram apresentados em Campo Grande.

Os resultados de materiais de soja em Campo Grande foram abordados pelo pesquisador André Ricardo Bezerra – Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira (12), a Fundação MS finalizou, em parceria com o Senar/MS, o circuito de Apresentações de Resultados de pesquisas relativas à safra de soja 2016/2017, em Campo Grande. Os estudos realizados pela instituição apontaram estratégias para adubação, época correta de plantio, bem como novas variedades do grão e dicas para manejo de pragas e doenças que podem ser identificadas nas plantas. As palestras foram realizadas no auditório do Sistema Famasul e contou com participação de produtores, técnicos, acadêmicos e demais profissionais da área.

Os resultados são apresentados de acordo com a realidade de cada região, possibilitando que o produtor rural faça escolhas de materiais a serem utilizados conforme a necessidade. O foco das apresentações é levar aos participantes, informações que poderão ser colocadas em prática durante o dia-a-dia.

As estratégias de adubação para o aumento de produtividade na cultura da soja foram destacadas pelo pesquisador Douglas Gitti. Conforme o especialista, é necessário levar em consideração determinados fatores para que o resultado final seja positivo, entre eles, avaliação de fertilidade do solo, perfil do solo, gessagem (condicionador de sub superfície) e correção total e parcial de fósforo.

Manejo de pragas e doenças foi tema ministrado pelo pesquisador José Fernando Grigolli – Foto: Divulgação

De acordo com o pesquisador, o uso correto de calcário pode contribuir na melhoria do perfil do solo. “O gesso agrícola junto ao calcário também contribui na melhoria no perfil do solo, disponibilizando cálcio e enxofre em profundidade. E a correção total de fósforo, com incorporação ao solo em áreas de abertura, proporciona maiores produtividades a cultura da soja”, aponta.

Alguns resultados com materiais de soja em Campo Grande também foram apresentados, durante palestra ministrada pelo pesquisador André Ricardo Gomes Bezerra. Os estudos foram realizados em 15 locais diferentes, com 26 ensaios, 108 cultivares e 2118 parcelas de pesquisas. Segundo o especialista, é fundamental que o produtor fique atento a época de semeadura. “As cultivares mais precoces e com porte mais baixo devem ser utilizadas nas melhores épocas de semeadura, em áreas com baixo risco de deficiência hídrica e com boa fertilidade do solo”, alega.

Já as cultivares mais tardias e com porte mais alto, conforme o pesquisador, devem ser utilizadas nas datas de semeadura fora do ideal e em áreas novas, desuniformes e com fertilidade mais baixa. “A dica é não apostar apenas em uma cultivar ou poucas cultivares, mas procurar trabalhar com um grupo de cultivares que resultem em maior segurança. O alto rendimento não deve ser o único parâmetro avaliado. Para as condições de Mato Grosso do Sul, é importante verificar tolerância e resistência à seca, por exemplo”, sugere.

Pesquisador Douglas Gitti falou sobre estratégias de adubação – Foto: Divulgação

O manejo de pragas e doenças na soja também foi assunto abordado, ministrado pelo pesquisador José Fernando Grigolli. “Foi um ano que choveu bem e tudo levou a ter um alto potencial produtivo. A seca no início não foi tão prejudicial”, comenta. Durante explanação, Grigolli comentou o potencial de determinados inseticidas e fungicidas no combate de pragas e doenças, abrindo um leque de opções para os produtores.

“A partir do momento em que os focos de pragas e doenças são detectados, as equipes de trabalho realizam os testes de produtos para a eficiência de controle diante de cada situação. Durante toda a safra, acompanhamos as áreas para ter conhecimento do tipo de ocorrência”, explica.

O presidente da Fundação MS, Luciano Mendes, explica que as apresentações representam uma oportunidade para a expansão de conhecimentos e troca de experiências entre produtores rurais e demais profissionais da área. “Esperamos levar resultados efetivos e que auxiliem os produtores na tomada de decisão. As ferramentas existem e o nosso objetivo é levar informações atualizadas”, pontua.

Fonte: Sato Comunicação

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