EUA atacam a Síria em resposta ao ataque com armas químicas

Cidade de Homs, no Oeste da Síria – Foto: Reuters

Os Estados Unidos (EUA) realizaram entre a noite desta quinta-feira (06/04) e a madrugada de hoje, um ataque com mísseis Tomahawk contra uma base aérea localizada na cidade de Homs, no Oeste da Síria, causando a morte de pelo menos seis pessoas e deixando dezenas de feridos.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os misseis foram disparados de navios que estão posicionados no Mar Mediterrâneo, tendo sido destruídos aviões, pistas de pousos e decolagens, depósitos de armamentos. O prédio ficou seriamente danificado.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse em entrevista coletiva, que o bombardeio aéreo foi em resposta ao ataque contra civis indefesos, feito com arma química, e que foi ordenado pessoalmente pelo presidente/ditador sírio, Bashar al-Assad.

Durante o ataque com armas químicas matou cerca de 80 civis, incluindo mulheres e crianças, e deixou centenas de feridos. Ainda não há uma confirmação oficial da origem desse bombardeio.

Os governos da Síria e da Rússia criticaram o governo norte-americano e afirmaram que o ataque viola as leis internacionais. Ainda não foram divulgadas informações sobre possíveis retaliações e/ou contra-ataque.

O número oficial de mortos ainda é incerto. Enquanto as agências de notícias falam em seis vítimas fatais, as autoridades sírias afirmam que 15 pessoas teriam morrido no ataque e o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) fala em sete vítimas, incluindo quatro militares sírios.

O ataque feito pelos EUA é a primeira ação militar direta ordenada pelo presidente Donald Trump, que já reiterou por diversas vezes, que outras ações militares podem ocorrer caso ditadores voltem a ameaçar a paz mundial e a humanidade, como neste caso, quando foram usadas armas químicas, proibidas pela Comunidade Internacional.

Os primeiros mísseis disparados por navios norte-americanos atingiram a Base Miliar de Al Shayrat, próximo a cidade de Homs, por volta das 21h45min (horário de Brasília) de ontem, tendo sido realizado um novo ataque por volta das 02h15min (horário de Brasília) de hoje.

O porta-voz do Pentágano, Jeff Davis, disse que os mísseis foram lançados dos navios/destroieres USS Porter e USS Ross contra aviões, hangares, depósitos de armas e combustíveis, sistema de defesa aérea, radares, e a sede do Comando Logístico.

O Governo Sírio informou que a Base Aérea de Al Shayrat foi danificada, mas o OSDH afirma que o local foi totalmente destruído.

Já o governador de Homs, Tala Barazi, disse em entrevista à Agência Reuters, que “o ataque dos EUA serve aos interesses de grupos terroristas, como o Estado Islâmico”. Ele afirmou ainda que houve mortes, apesar de não precisar de quantas foram.

O Pentágono dos EUA informou que as autoridades russas foram informadas com antecedência dos ataques, para evitar que militares e cidadãos russos fossem mortos. As bases e locais onde haviam russos foram evitados.

Já o presidente russo Vladimir Putin, afirmou que o ataque foi uma “agressão a um Estado soberano”, e classificou a ação norte-americana como um “ataque unilateral e sem aprovação prévia da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

“A ação militar norte-americana baseou-se em pretextos inventados [ataque com armas químicas], sem comprovação”, disse Vladimir Putin.

O Governo da Rússia deve convocar para esta sexta-feira (07/04) uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, para tratar exclusivamente do ataque. O incidente enfraquece ainda mais as relações diplomáticas entre os norte-americanos e os russos.

Com informações das Agências Reuters, France Presse e Associated Press

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