Transportadores Ressabiados

Foto: Divulgação

Desde o primeiro dia do ano tivemos reajuste nos valores do pedágio para cruzar a ponte sobre o Rio Paraguai na BR 262, localidade conhecida como Porto Morrinho, município de Corumbá. Mas não é porque está no município vizinho que não nos atinge como ladarenses. O pedágio é cobrado dos condutores ou proprietários de quaisquer espécies de veículos automotores que utilizarem a ponte de concreto como meio para transpor o majestoso Rio Paraguai. Assim o pedágio na BR 163 com guinchos no km 823 Pedro Gomes/Sonora é de R$ 5,40 para automóvel e R$ 2,70 para motocicleta, em Mundo Novo Km 30 custa R$ 2,30 para motocicletas, porém em Corumbá o preço para motocicleta é R$ 5,50, um veículo de passeio e utilitário de até 2,5 toneladas paga R$ 9,20. Um veículo comercial pode chegar a pagar R$ 96,00, e certamente essa taxa á colocada na planilha de custos da passagem intermunicipal e isso representa um fator que impede, que a empresa que faz a linha Corumbá Campo Grande possa solicitar a Agepan redução da tarifa, fato que beneficiaria aos nossos munícipes.

Outrossim, desde 2001 foi instituído o Vale Pedágio. Por esta lei o dono da carga que contrata o trabalhador é obrigado a pagar a tarifa do pedágio a parte, em forma de créditos num cartão magnético para justamente evitar que o custo seja embutido no valor do frete. O embarcador que se recusar a entregar o vale pedágio fica sujeito a multa por viagem ou por veículo. A multa também se aplica a empresa que subcontratar o serviço. A implantação do Vale Pedágio, trouxe vários benefícios entre os quais o de não embutir na contratação do frete e logicamente de elevar o preço quando o produto chega aqui em Ladário. Outro fator interessante é que quem tem o vale pedágio segue um roteiro pois a carga deve passar por pontos determinados facilitando o monitoramento ante ao roubo de cargas. E para a própria operadora de pedágio que garante a passagem pela praça de pedágio.

Foto: Divulgação

Acontece que a operadora Porto Morrinho não está aceitando todos os vários modelos de vale pedágio, causando transtornos para os trabalhadores da área e atraso nas entregas, pois o motorista que não veio “preparado”, com dinheiro extra, acreditando no que deveria ser aceito em todo o país, fica aguardando a solução do patrão inclusive com produtos perecíveis, até porque cobram de todos os eixos, de um veículo de carga. O fato já foi identificado por diversos usuários do sistema de transporte que abastecem tanto Corumbá quanto Ladário, assim como o trânsito internacional, e chegou ao meu conhecimento através de pessoas preocupadas com o que isto pode trazer de lentidão comercial e aumento de custos ao consumidor, para ambas as cidades, como o Sr. Aquino por Ladário e o vereador Francisco Vianna por Corumbá que me informaram estarem preocupados com o deslinde desta situação. A primeira ação foi de avisar a PRF do fato, que prontamente analisou e está autuado “diariamente” a empresa por NÃO ACEITAR os modelos de vale pedágio habilitados pela ANTT no valor de R$ 550,00; conforme a Resolução 3850 de 20 de junho de 2012 que instituiu os procedimentos de habilitação de empresas fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as infrações e suas respectivas penalidade. Esperamos que este imbróglio seja amainado na maior rapidez possível. Corumbá e Ladário, agradecem.

*Assessora Executiva

Um Comentário sobre “Transportadores Ressabiados”

  1. Antônio Marcos Braga disse:

    Vou imprimir e recortar esta tabelinha, acho que eles estão cobrando a mais. Esse pessoal do Pedágio devia termais cortesia pra falar com as pessoas. Eu passei por isso. Fiquei lá um tempão. Enquanto isso um outro colega passou empurrando a cancela. Excelente matéria.

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