Militares suecos na Ilha de Gotland – Foto: TT News Agency/Soren Andersson/Reuters
A Suécia decidiu essa semana reativar o alistamento militar obrigatório em todo o país, devido as recentes dificuldades para preencher suas fileiras de voluntários.
O Governo da Suécia decidiu retomar o alistamento obrigatório devido as crescentes ameaças de terrorismo em todo o planeta e, sobretudo, por causa dos temores com relação a segurança de suas fronteiras.
Oficialmente o país encerrou o serviço compulsório de alistamento militar em 2010 e, desde então, o número de jovens interessados em servir nas Forças Armadas tem diminuído significativamente.
O país escandinavo tem observado que as atividades militares na Região do Báltico se intensificaram desde que a Rússia anexou a Crimeia, então território da Ucrânia.
A decisão de retomar o alistamento militar obrigatório vai contemplar homens e mulheres nascidos a partir de 1999, mas somente uma pequena minoria será selecionada para servir nas Forças Armadas da Suécia.
O ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist, disse em entrevista à Rádio Pública SR, que os militares que irão ingressar as fileiras irão servir na região de fronteira, onde existe falta de pessoal.
“Temos tido problema para preencher nossas unidades militares de forma voluntária, e isso precisa ser tratado de alguma maneira“, disse Peter Hultqvist.
O Serviço Militar na Suécia era obrigatório desde a Guerra Fria, mas o alistamento de novos recrutas foi amenizado gradualmente após o colapso da União Soviética, que já não apresentava mais um perigo a estabilidade política nos demais países.
Nos últimos anos, no entanto, a Rússia de Vladimir Putin vem causando temores em todo o mundo, principalmente depois do confronto com a Ucrânia, que por muito pouco não entrou em guerra com o país vizinho.
Os temores das autoridades suecas têm fundamento. Em 2013, os russos realizaram uma simulação de bombardeio aéreo da Suécia, pegando todos de surpresa.
As autoridades suecas constataram que os militares e as defesas aéreas do país estavam despreparados para um ataque real.
Com informações das Agências Reuters e France Presse
