Incêndio pode ter sido a causa do naufrágio do Titanic, diz historiadores

Entre as evidências apresentados pelos historiadores estão marcas do incêndio no casco do Titanic – Foto: Royal B. C. Museum/Divulgação

O transatlântico Titanic, que naufragou no Oceano Atlântico no dia 15 de abril de 1912, causando a morte de aproximadamente 1.600 pessoas, pode ter afundado devido a um incêndio a bordo, e não por causa da colisão com um iceberg, segundo estudos recentes divulgados essa semana por historiadores e pesquisadores.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o número de vítimas fatais é incerto, devido a problemas na lista de passageiros, já que muitos cancelaram a viagem momentos antes da partida, e outros entraram no navio clandestinamente.

Segundo o jornalista e especialista no Titanic, Senan Malony, uma fotografia descoberta recentemente comprovaria a história de incêndio no interior do navio dias antes de sua partida inaugural. O fogo teria começada nas caldeiras, no lado direito do transatlântico, no mesmo local em que colidiu com o iceberg.

Para o jornalista e historiadores, o incêndio danificou o casco do navio, deixando-o excessivamente frágil. O impacto com o iceberg foi vital para que houvesse o rompimento do casco e, consequentemente a inundação e o naufrágio.

A rara fotografia do Titanic, realizada ainda no estaleiro de Belfast, na Irlanda, mostra uma mancha escura no casco do navio, onde fica as caldeiras. O incêndio teria sido escondido das autoridades, tripulantes e passageiros.

Peritos e técnicos analisaram a fotografia e todos concordaram que a marcas pretas no casco são de um grande incêndio que aparentemente foi controlado e extinto.

A marca (círculo) possui cerca de 9 metros de comprimento e está localizada a estibordo do navio, no início da proa – Foto: Royal B. C. Museum/Divulgação

A mancha preta possui cerca de 9 metros de comprimento, e estava localizada a estibordo da embarcação (lado direito do casco). A mancha indica que um incêndio de grandes proporções atingiu o local dias antes da viagem inaugural entre a Inglaterra e os Estados Unidos (EUA). As altas temperaturas teriam chegado a 1.000º C, com capacidade para enfraquecer o aço do navio, diminuindo sua resistência a impactos em até 75%.

Historiadores alegam que para esconder a mancha no casco das autoridades, tripulantes e passageiros, o proprietário da Empresa e o capitão teria ancorado o navio com a parte danificada virada para o mar.

Analisando as plantas técnicas do navio, peritos e historiadores afirmam que o fogo teve início em um enorme reservatório de carvão que fica localizado próximo a sala das caldeiras nº6. As chamas teriam sido controladas e apagadas pela tripulação.

Essa descoberta não é novidade, já que muitos tripulantes que sobreviveram ao naufrágio relataram o fato as autoridades e aos jornalistas, mas na época o assunto não foi adiante.

O assunto voltou a ser debatido na Inglaterra e nos EUA porque uma prova concreta surgiu, ou seja, a fotografia com a mancha preta do incêndio no mesmo lado em que o navio colidiu com o iceberg.

Apesar das novas evidências, a investigação que está em andamento servirá apenas para constar nos livros de história, já que não haverá inquérito policial. A pesquisa, no entanto, não conseguiu afirmar se o impacto do Titanic com o iceberg, sem o enfraquecimento do aço do casco, seria suficiente para afundar o transatlântico.

Nos últimos 100 anos, o iceberg foi o grande vilão do naufrágio épico do Titanic, que vitimou cerca de 1.600 pessoas.

Com informações das Agências Reuters e France Presse

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