Túmulo de Jesus Cristo em Jerusalém é aberto para estudo e será reformado

Arqueólogos e pesquisadores retiram a placa de mármore que cobre o Santo Sepulcro em Jerusalém, na Palestina/Israel – Foto: Dusan Vranic/ National Geographic

Arqueólogos e pesquisadores retiram a placa de mármore que cobre o Santo Sepulcro em Jerusalém, na Palestina/Israel – Foto: Dusan Vranic/ National Geographic

Os administradores da Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, Palestina/Israel, informaram esta semana que cientistas da Universidade Nacional e Técnicas de Atenas, na Grécia, obteve a autorização para abrir o túmulo onde acredita-se esteja sepultado Jesus Cristo.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a autorização foi concedida pelas seis instituições religiosas que administram a Basílica Sagrada, a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Armênia, os Ortodoxos Etíopes e duas comunidades Coptas, sendo uma Egípcia e outra Síria.

Essas instituições obedecem ao que foi regulamentado no Status Quo, de 1852, que prevê a administração em conjunto da Basílica do Santo Sepulcro.

Os responsáveis por essas instituições alegam que a permissão para o estudo do túmulo de Jesus Cristo foi concedida devido a relevância científica e história e, sobretudo, porque a Universidade Nacional e Técnicas de Atenas, com o apoio da sociedade National Geographic, irão restaurar toda a basílica, incluindo o túmulo, que se encontra danificada em decorrência do tremor de terra que atingiu Jerusalém em 1927. A previsão é que as obras de restauro sejam concluídas em março de 2017.

A Edícula na Brasília do Santo Sepulcro, onde acredita-se esteja sepultado Jesus Cristo, logo após ter sido crucificado, é considerado o local ‘mais sagrado’ para os cristãos, e a sua possível abertura já está causando polêmica em muitos países católicos.

Historiadores, arqueólogos e cientistas garantem que a intenção é não profanar o solo sagrado, mas o de estabelecer fatos ainda obscuros da história e, sobretudo, restaurar os danos causados a infraestrutura do local, reconstituindo a forma quase que original da edificação.

O espaço foi fechado e lacrado em 1.555 e, desde então, poucas pessoas tiveram permissão para entrar no local, que é sagrado para todos os cristãos.

A história relata que Jesus Cristo, após ter sido crucificado e morto por volta do ano 33 d.C., foi deitado em um sepulcro cavado na rocha de uma caverna de calcário, nas proximidades de Gólgota, que supostamente teria pertencido a José de Arimateia, um homem rico e membro do sinédrio.

No início desta semana, uma equipe formada por arqueólogos, historiadores e cientistas estiveram no local, que está coberto por placas de mármore. Até então, ninguém pode adentrar no recinto.

Os investigadores retiraram as placas de mármore que cobriam o túmulo e todos ficam surpreendidos com o estado do local, que aparentemente estava intacto. Um dos arqueólogos, Fredrik Hiebert, disse à National Geographic, que “vai ser uma longa análise”, mas que finalmente será possível estudar este local histórico.

Já a investigadora grega, Antônia Moropoulou, disse ao National Geographic, que as técnicas utilizadas para documentar este monumento deverão permitir que outros investigadores estudem o local, “como se eles mesmos estivessem no túmulo de Jesus”.

Historiadores afirmam que edificação denominada de ‘Edícula’ foi reconstruída pela última vez no início do século XIX, depois de um incêndio. Ela será restaurada pela equipe da Universidade Nacional e Técnicas de Atenas, sob a supervisão da professora Antônia Moropoulou, que já analisou e estudou outros importantes monumentos na Grécia e na Região do Mediterrâneo.

A Edícula foi identificada em 326 d.C. por Helena, mãe do Imperador romano Constantino. Já a Basílica do Santo Sepulcro foi erguida em 313. D.C., e sua construção só foi possível após o Édito de Milão, que decretou o fim das perseguições aos cristãos pelos romanos.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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