Meninos também devem se vacinar contra o HPV

O Brasil será o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, este mês, em Brasília (DF). A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.

Na rede particular a vacina já está disponível para meninos a partir dos 9 anos. Imunizar os meninos é estratégico para combater o vírus. “É importante ressaltar que a vacinação não elimina o uso de preservativo e do exame preventivo (Papanicolau). A vacina é uma forma de prevenção e é feita em três doses”, explica Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização.

Milhares de mulheres morrem todos os anos no Brasil vítimas do câncer do colo do útero, o 4º que mais mata mulheres e é provocado pelo HPV. Por isso, prevenir cedo é melhor forma de evitar a doença. Hoje há vacina contra o vírus e está disponível na rede pública e particular.

Ainda há muitos mitos em relação à vacina, mas é extremamente segura e eficaz, não oferecendo riscos. A vacina evita o câncer cervical (colo do útero), vaginal, câncer vulvar, câncer anal, orofaringe e de pênis, além da verruga genital.

A imunização é indicada a partir dos 9 anos de idade, tanto para meninas e meninos, pois nesta faixa etária há uma excelente resposta imunológica para a produção de anticorpos e quanto mais cedo a imunização, maior a proteção. Vacinar os meninos também é muito importante, pois além de evitar diversas doenças, tanto protege indiretamente as mulheres.

A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.

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