Madero e Hospital promovem campanha pela doação de órgãos

Uma ação que surpreendeu clientes da rede de restaurantes e foi gravada em vídeo será divulgada pelas redes sociais no dia 27, a fim de incentivar as doações no país.

Foto: Divulgação

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O Brasil tem cerca de 40 mil pessoas à espera de um transplante, de acordo com o Ministério da Saúde. Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), indicam que 2.333 pessoas morreram à espera de um órgão em 2015 – entre elas, 64 crianças. A recusa familiar para doação é um dos fatores mais importantes para esse índice de mortalidade. Em 2015, ela foi responsável por 44% dos casos em que órgãos não puderam ser aproveitados. Ainda assim, o número de doadores efetivos de órgãos no Brasil vem subindo e passou de 13,1 por milhão de habitantes para 14 por milhão no segundo trimestre deste ano.

Para combater a recusa das famílias as principais ferramentas são a informação e a conscientização. Por isso, a rede de restaurantes Madero, uma das maiores do país, com 76 unidades, e o Hospital Angelina Caron (PR), referência nacional em transplantes de órgãos, realizam uma campanha nacional nas redes sociais, no próximo dia 27 de setembro (terça-feira), Dia Nacional de Doação de Órgãos.

O vídeo da campanha, realizada pela agência Beats, flagra as reações de clientes ao perceberem uma falha crucial na montagem do cheeseburguer que pediram e que chega à mesa sem a carne. Ao desfazer a confusão, o garçom entrega um novo sanduíche dentro de uma caixa especial, com a mensagem: “Se um hamburger faz falta no seu cheeseburger, imagina o quanto um órgão faz falta para quem precisa”.

O resultado foi surpreendente. A maioria das pessoas entrou na brincadeira e elogiou a iniciativa. Houve até quem tenha dito que repensaria sua posição de não doador.

“A causa do transplante de órgãos pertence à sociedade. O conhecimento científico é apenas uma das facetas de uma jornada de caráter profundamente humanitário. Quando empresas como o Madero se envolvem e chamam para si uma parte dessa tarefa, todos ganham, todos se beneficiam. Essa é uma das melhores maneiras de abrir as consciências para a solidariedade”, afirma o médico cirurgião João Eduardo Nicoluzzi, do Angelina Caron.

O diretor de marketing do Madero, Leandro Lorca, explica que a campanha nas redes sociais visa a estimular a sociedade a debater um assunto tão importante como o da doação de órgãos. “Em um país grande como o nosso, se cada um fizer um pouco, ao final será muito para mudarmos esse cenário. Esperamos que, com essa campanha e a força da nossa marca, possamos estimular as pessoas a pensar e conversar a respeito da doação de órgãos com amigos e familiares”.

Como doar

Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que ela não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial.

Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente de vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.

É muito importante que as pessoas manifestem expressamente para familiares e amigos o seu desejo de doar órgãos após a morte. Essa é uma das maneiras mais eficientes de combater a recusa familiar.

Para saber mais sobre como ser um doador acesse o site da ABTO (http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/entendadoacao.pdf).

Fonte: Contexto Mídia

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